Localizada na Rua Senador Pinheiro Machado nº814, escola oferece formação para quem deseja seguir no exército, marinha e aeronáutica
Jovens que sonham em seguir carreira no exército, marinha ou aeronáutica podem contar com o Curso Raimann para conseguir a tão desejada aprovação. Liderada pelo sargento da reserva Carlos Fernando Lopes, a escola – localizada na Rua Senador Pinheiro Machado nº814 em Santa Cruz – atende de segunda a sexta, das 8h30min às 20h e recebe cerca de 200 alunos por ano em um curso preparatório com duração de sete meses.
As etapas incluem preparação física, exame médico e qualificação, como explica Fernando. "Após passar por isso, o aluno se apresenta na escola de sargentos e faz a primeira parte em Alegrete e depois qualifica em Recife. Temos também o caso da EsPCEx, a Escola Preparatória de Cadetes do Exército, onde o curso inicia aqui em Santa Cruz e depois vai direto à São Paulo. De lá, o aluno vai para o Rio de Janeiro, fica quatro anos estudando e ainda ganha um salário", afirma.
Ao longo da trajetória de 22 anos, o santa-cruzense relembra do início da carreira e de todos os momentos vividos com os alunos que, através do Curso Raimann, realizaram sonhos. "Quando entrei no exército, sentia a dificuldade que os soldados novos tinham para seguir carreira. Nem todos tinham condições financeiras e um estudo avançado, o que ocasionava a desistência nas primeiras vezes após uma reprovação e, com isso, poderiam estar perdendo um sonho. Então quando o Ricardo Raimann, meu colega de quartel comentou comigo da vontade dele de abrir um curso, eu apoiei. Ele foi transferido para Porto Alegre, abriu o negócio lá e depois me ofereceu ativar uma franquia aqui em Santa Cruz. Tantos que passaram por mim, que aprovaram e agora são subtenentes, e muitos guris do interior que vinham buscando um sonho para ajudar a família", cita.
Um deles, inclusive, é um jovem do interior de Santa Cruz que veio para o Curso Raimann com 17 anos com o sonho de ser sargento músico. Para Fernando, o aluno é um dos grandes exemplos de persistência e orgulho para a escola, por não ter desistido na primeira dificuldade imposta. "Ele fez o curso aqui e quando foi para o Rio de Janeiro ser sargento músico, rodaram ele. Ele voltou, me pediu indicação, fez o NPOR no quartel, passou entre os 20 melhores, em segundo lugar, mas não aceitou a vaga de Oficial R2. Ele voltou para o Rio e, dos 90mil alunos para sargento músico, ele passou em 11º dos 1,4mil selecionados no Brasil. É um grande orgulho para nós", considera.