No seio dos nossos compromissos diários encontramos um elemento importantíssimo, mas bastante esquecido, chamado boa vontade. Sem substituir as competências técnicas, a boa vontade vem tingi-las com as cores propriamente humanas que o serviço deve ter, se quisermos que ele seja de fato um diferencial na vida daqueles com quem convivemos.
No seio dos nossos compromissos diários encontramos um elemento importantíssimo, mas bastante esquecido, chamado boa vontade. Sem substituir as competências técnicas, a boa vontade vem tingi-las com as cores propriamente humanas que o serviço deve ter, se quisermos que ele seja de fato um diferencial na vida daqueles com quem convivemos.
Um sujeito que age habitualmente com boa vontade — com um sorriso no rosto, com boa disposição, demonstrando verdadeira capacidade de servir — vai lapidando não apenas a si mesmo, mas também aos outros.
O egoísmo tem de sair do nosso coração. Fazendo isso, as pessoas ao nosso redor vão melhorando. Claro que se você tem muita boa vontade num ambiente que só tem pessoa preguiçosa e de mal humor, no primeiro momento, você acha que está sendo feita de idiota; mas num segundo momento você começa a perceber que está fazendo o que é certo. Esse é o correto. E, num terceiro momento, um ou outro nesse ambiente começa a melhorar junto com você. É assim que se mudam os ambientes.
A gente reclama do ambiente de trabalho achando que passar um pito e dar o nosso discurso vai mudar alguém, mas não vai. A única coisa que faz as pessoas mudarem é a gente ser de verdade. E a boa vontade é um elemento fundamental dessa dinâmica.
Se os objetos não se tornam mais eles mesmos quando ao lado de outros objetos, o exato oposto se passa com os seres humanos: somos mais nós mesmos quando em contato com pessoas na sua melhor forma. Vislumbrar o que podemos ser ajuda-nos a ser.
O medo de “ser feito de idiota” não deve nos paralisar. Se alguns podem aproveitar-se da nossa boa vontade, é certo que a boa vontade sempre vence. Mais do que temer “ser feito de idiota”, deveríamos temer ser idiotas de fato; mais do que temer “ser usado”, deveríamos temer não servir para nada.
Quem sustenta o outro com o seu serviço, com a força do seu braço, entregando utilidade no mundo, é tudo, menos idiota.
Autor: Ítalo Marsili