Delegada Raquel Schneider declarou satisfação com a conclusão do inquérito e com nova realidade para assistidos pelo asilo
Durante a coletiva de imprensa realizada na manhã desta quinta-feira (10), no Centro Integrado de Segurança Pública de Santa Cruz, em que foi divulgada a conclusão do inquérito policial sobre a investigação na Associação de Auxílio aos Necessitados (Asan), a delegada que capitaneou o caso, Raquel Schneider, demonstrou alívio e felicidade.
Porque após cumpridas as diligências para a investigação, na primeira vez que entrou novamente na Asan “me deu vontade de chorar, mas de felicidade, de estar conseguindo de alguma forma auxiliar no caso. Geralmente a gente lida com tragédias que não têm conforto para ninguém, para todos é triste, seja para o lado vítima, seja para o investigado”, declarou.
E neste caso em especial, Raquel frisou que sentiu até o ambiente diferente, o semblante dos idosos havia mudado. “Ver que os idosos estão recebendo o atendimento que merecem, porque a maioria são sozinhos ou a família não tem condições e confia que lá vai estar bem cuidado e não estava. Estavam sendo privados há bastante tempo dos cuidados que necessitavam”, comentou.
Menos refeições, fralda poupada
Isso porque durante a investigação, segundo a delegada, testemunhas relataram que a rotina dos idosos acabou mudando, afetada pelos desvios que estariam ocorrendo. E citou como exemplo: de seis refeições reduziu para cinco. Até as fraldas usadas eram controladas o número, o que fez com que alguns idosos apresentassem assaduras por permanecer muito tempo com o uso.
Por isso, a delegada reafirmou, em tom de alívio, o desfecho do inquérito que indiciou 14 pessoas por diversos crimes, entre eles associação criminosa, emissão de notas fiscais falsas, estelionato, falsidade ideológica, falsa identidade, apropriação indébita de bens de idosos, lavagem de dinheiro, omissão penalmente relevante. Ainda, o prejuízo causado à associação seria superior a R$ 1,8 milhão.