Produtor vê na Oktoberfest uma época para compartilhar
Com 74 anos, Abílio Hirsch não precisaria mais trabalhar. Mas, não se imagina longe da agroindústria que criou, ao lado da esposa, e nem visualiza sua vida sem a participação na Oktoberfest. Afinal, quando chega outubro, ele já sabe: é hora de se reunir com outros produtores, a fim de compartilhar, sem competitividade e com sentimentos bons. "Nós colonos, torcemos um pelo outro. Aqui, somos todos irmãos", destaca.
A Festa da Alegria ainda se chamava Festa Nacional do Fumo (Fenaf), quando Hirsch e a esposa Leocádia iniciaram a participação na feira. Os moradores de Monte Alverne são presença garantida a cada mês de outubro, com a venda de conservas de pepino, cebolinha, azeitona, beterraba, rabanete, cenoura, ovos de codorna, palmito, pêssego, figo e doce de laranja. "Tudo legalizado", se orgulha de comentar.
E é a cada edição, da atual Oktoberfest, que o casal reflete sobre a importância do evento para a integração dos produtores e para a troca de experiência. "Participamos de forma gratuita. Somos bem-vindos e muito valorizados. Fico feliz de ver que ninguém compete aqui em nosso espaço. Todos se dedicam, sem prejudicar o colega do lado", salienta.
O produtor também destaca que, embora muito trabalho, nem ele e nem a esposa deixam o evento terminar sem explorar cada canto e aproveitar as atrações oferecidas nos 12 dias de festa. "Revezamos. Tem dia que só eu fico aqui no parque, tem dias que só ela. Mas, quando estamos juntos, sempre selecionamos um período para um ficar aqui e o outro dar uma olhada. Ontem mesmo ela (Leocádia) já espiou e me disse o que preciso conhecer. Eu gosto muito da Oktoberfest, porque é uma festa da nossa origem", diz.
Uma sugestão que deu certo
Abílio Hirsch não se recorda bem o ano, mas lembra muito bem o dia em que vendeu seu primeiro produto. Ele, que antes trabalhava em lavouras de tabaco, enxergou a possibilidade do comércio de produtos coloniais em uma ida de ônibus ao centro de Santa Cruz do Sul. Um conhecido perguntou se ele não venderia as rapaduras que fazia para a família. Foi quando ele pegou uma caixa de papelão, colocou oito unidades de um quilo, e foi caminhar na Rua Tenente Coronel Brito. A primeira pessoa que conversou com ele, comprou todas e ainda fez mais encomendas.
Hirsch então retornou para casa, feliz com o dinheiro e com a nova oportunidade de vida. Depois daquele dia, a venda passou a ser constante, com a ajuda dos filhos Airton e Leandro. A família então acrescentou bolachas caseiras nas opções oferecidas e mais tarde focou no ramo das conservas. Hoje, vendem seus produtos em mercados, entregam nas residências e, é claro, não ficam longe das edições da Oktoberfest.
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