Polícia

“Ao perceber que a situação está diferente, busque ajuda”, alerta delegada responsável pela Deam

Publicado em: 10 de julho de 2024 às 15:21 Atualizado em: 11 de julho de 2024 às 14:25
  • Por
    Mônica da Cruz
  • FOTO: NÍCOLAS DA SILVA/ARQUIVO/PORTAL ARAUTO
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    Em entrevista ao Grupo Arauto, Raquel Schneider falou sobre os casos de violência doméstica em Santa Cruz

    A conscientização das mulheres com relação aos tipos de violência tem sido um dos enfoques de ações realizadas pela Delegacia Especializada ao Atendimento à Mulher (Deam) de Santa Cruz do Sul. Conforme a delegada responsável, Raquel Schneider, a Deam tem realizado rodas de conversas, especialmente em escolas, buscando contextualizar a mostrar formas de pedir ajuda caso seja necessário.

    Foto: Eduardo Wachholtz/Grupo Arauto

    Ela concedeu entrevista ao Grupo Arauto na manhã desta quarta-feira (10) e falou sobre o tema. Um dos pontos importantes, segundo ela, é a mulher procurar os órgãos de segurança assim que o primeiro sinal ocorre. “Ao perceber que a situação está diferente, em que ofensas começaram, em que há xingamentos, busque ajuda. Não espere se transformar em uma agressão ou algo ainda pior, como uma fatalidade. Se não quiser buscar a delegacia, que procure um atendimento psicológico, uma terapia de casal”, destaca.

    Implementado em outubro de 2022 no Rio Grande do Sul, o projeto Monitoramento do Agressor também chega a Santa Cruz do Sul. A iniciativa prevê a colocação de uma tornozeleira eletrônica em homens que respondem por violência doméstica e cumprem medidas protetivas. Os casos serão definidos pela Justiça e pela polícia.

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    A delegada explica que um aplicativo estará instalado no celular da vítima e vai transmitir notificações caso o agressor se aproxime. A polícia, através de um painel de controle, também receberá uma informação e, a partir disso, entrará em contato com o homem.

    Para Raquel, esta é uma ferramenta importante, que auxiliará os órgãos de segurança, especialmente no acompanhamento dos casos. “Nós temos muitos casos e nem sempre conseguimos ir [após a determinação da medida protetiva] conferir a situação. Mas sempre orientamos a vítima que se algo acontecer, que ela procure a delegacia ou chame a Brigada Militar”, reforça.

    Na análise da delegada, as medidas protetivas estão sendo efetivas. Raquel afirma que as mulheres têm procurado as delegacias, estão mais conscientes e buscando sair do ciclo da violência, mesmo não sendo algo fácil. Com relação aos casos de violência em Santa Cruz, a responsável pela Deam salienta que o município mantém uma média, não podendo ser dito que há aumento de casos.

    Escute a entrevista completa: