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21 cães estão à espera de um lar em Vera Cruz

Publicado em: 10 de julho de 2017 às 17:58 Atualizado em: 19 de fevereiro de 2024 às 14:55
  • Por
    Luciana Mandler
  • Fonte
    Jornal Arauto
  • Foto: Carolina Almeida/ Jornal Arauto
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    Enquanto ONG fecha por não ter condições, município custeia hospedagem de animais em clínica veterinária

    Você ainda não tem um amigo de quatro patas? Que tal adotar o Bóris? Ou o Shrek e a Fiona? Se preferir, tem o Véio, a Mãezinha (com seis filhotes),  Lola, Anamaria, Laila… Esses são alguns dos pets que estão para adoção responsável junto ao Centro Veterinário Wazlawik, em Vera Cruz. Através de licitação municipal, há cerca de dois anos os animais que sofreram maus tratos, foram atropelados ou abandonados pelas ruas do Município são hospedados no local. Ao todo, são 21 animais à espera de um novo lar, sendo oito filhotes, três cães idosos e 10 adultos jovens.

    O trabalho que antes era feito de forma totalmente voluntária pela Associação Mãos e Patas, de recolhimento e assistência aos pets, desde a semana passada ficou sob os cuidados do Município, através do Conselho Municipal de Proteção, Assistência e Tratamento de Animais (Compata), que trabalha em parceria com a Vigilância Sanitária. Isso porque a ONG Mãos e Patas encerrou as atividades por falta de recursos e por estar com poucas voluntárias, conforme explica a presidente Marcele Riede, que confirmou de forma lamentável o fim dos trabalhos. 

    “No momento tínhamos cerca de quatro a cinco pessoas que realmente ajudavam”, comenta. “Estávamos com pouco dinheiro em caixa há algum tempo e quando fazíamos bingo, galinhada, pedágio, tínhamos muita dificuldade por falta de pessoas dispostas a ajudar”, revela entristecida. Esses foram os principais motivos para que a Mãos e Patas deixasse de recolher novos animais.

    Marcele conta que muitas pessoas contatavam pedindo ajuda para recolhimento e não entendiam a situação. “As pessoas achavam que tínhamos obrigação de recolher. Lembrando que o trabalho é voluntário. Nenhuma de nós ganhava para isso”, reflete.

    O amor pelos animais sempre falou mais alto tanto para Marcele como para as demais voluntárias. “Muitas vezes acordamos à noite, na madrugada, para ajudar animais atropelados. Muitos domingos, feriados. Deixamos de estar com nossa família para estar na rua ajudando os abandonados”, desabafa.

    Apesar de lastimar o encerramento da Associação Mãos e Patas, Marcele deixa o agradecimento a todos que sempre ajudaram e contribuíram para que a ONG funcionasse por todo este tempo. “Garantimos que fossem muitos animais recolhidos e castrados pela ONG. Temos ciência de que fizemos um ótimo trabalho”, finaliza.

    Confira a matéria completa na edição desta terça-feira do Jornal Arauto!