Ato de assinatura da obra aconteceu na manhã desta sexta-feira (10). Prédio é considerado monumento histórico
Na manhã desta sexta-feira (10), uma solenidade realizada em frente à antiga Prefeitura de Rio Pardo, na rua Andrade Neves, marcou o ato de assinatura para o início da obra de restauração do prédio. Segundo o prefeito, Rogério Monteiro, a revitalização já deve iniciar na próxima segunda-feira (13) e deve durar um ano e meio. Feita por empresa com expertise em restaurações de prédios históricos em Pelotas, a obra deve absorver o investimento de R$ 1,6 milhão, recurso que está no caixa da Prefeitura.
“É um momento de muita alegria, ao assinar o início da obra desse prédio, desse monumento histórico”, assinalou o Prefeito, ao relembrar como começou a conversação com dois secretários durante uma viagem, sobre prédios com valor arquitetônico e histórico. E ao chegarem nesse, com mais de 170 anos de história, assinalaram do desejo de restaurar, tendo a assinatura do projeto arquitetônica de Vera Schultze, reservando a trajetória, com memorial da cidade, arquivo histórico, e ao fundo, uma moderna cafeteria, espaço para venda de artesanato, unindo o resgate do antigo com o novo. “A gente tem certeza que daqui um ano estaremos entregando um prédio totalmente revitalizado para a comunidade”, garantiu.
O historiador Neco Machado frisou que esse prédio faz parte dos casarios que a Cidade Histórica ostenta como dispositivos de memória. Considerado um monumento, esse imóvel, o da antiga prefeitura, sediou o Hotel Brasil em 1851, por exemplo. “É um ícone, um baluarte da história e cultura de Rio Pardo”, resumiu ele, frisando que o progresso pode unir a modernidade com a conservação do passado, com a valorização das origens.
A arquiteta Vera Schultze explicou que o projeto foi desenvolvido para contemplar a funcionalidade, atendendo em parte o gabinete do Prefeito e outras atividades institucionais como o Arquivo Histórico, assim como recepção para acolher os visitantes. “Não será um museu, mas um memorial da cidade”, explanou. Na parte do porão, detalhou, vai haver um café, espaço para artesãos trabalharem e venderem seus produtos, assim como banheiros e espaço lúdico, com jardim, e tudo isso com acesso pela Rua da Ladeira.
A estrutura é especial, diferente de uma construção que é feita hoje em dia, comentou a arquiteta. “É uma estrutura com pedra, barro, muita madeira, estruturas independentes entre si, então se tira um escoramento pode dar problema. É complexa e requer mão de obra especializada”, explicou. Vera disse ainda que também haverá cuidado com o entorno, pois o prédio fica junto à Rua da Ladeira, que é tombada pelo Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Então não pode receber carga, circulação de caminhão com materiais do local. Por isso haverá acesso especial para a entrada e saída de material que não passará pela Ladeira, preservando o local.
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