Mohamad Mustafa Ali compartilhou suas perspectivas sobre a situação no Oriente Médio
Mohamad Mustafa Ali, empresário santa-cruzense com raízes palestinas, compartilhou suas perspectivas sobre a situação no Oriente Médio e como a história de sua família está ligada ao conflito em curso. Ele nasceu no Hospital Santa Cruz em 1966 e sua família é composta por imigrantes árabes que buscaram uma vida melhor no Brasil.
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Seu pai, o primeiro a chegar, inicialmente trabalhou em Brasília vendendo roupas. Mais tarde, sua mãe e irmãs se juntaram a ele e foi nesse contexto que Mohamad nasceu. Em 1967, a família decidiu visitar o Oriente Médio, pouco antes da Guerra dos Seis Dias. Esse período marcou profundamente sua visão sobre o conflito que assola a região.
Mustafa Ali explicou que a narrativa de que o conflito entre palestinos e israelenses vem se arrastando há séculos não é totalmente precisa. “A situação era mais pacífica antes da criação do Estado de Israel. A 2ª Guerra Mundial teve um papel fundamental nesse processo, uma vez que a perseguição aos judeus na Europa resultou na ideia de criar um Estado judeu”, explicou.
O entrevistado também abordou as condições atuais na região, destacando a situação precária em Gaza. “É um território densamente povoado e isolado por muros e restrições”, falou. Ele enfatizou que a população sofre com altos níveis de desemprego e falta de recursos básicos, como alimentos.
Mustafa Ali criticou a falta de equidade nas respostas do Ocidente a conflitos globais, apontando para a situação na Ucrânia e como a atenção internacional pode variar dependendo dos interesses políticos e econômicos. Ele expressou preocupação com a abordagem unilateral em relação ao conflito israelense-palestino e a necessidade de "buscar soluções pacíficas e econômicas em vez de alimentar a indústria de armas”.
O empresário compartilhou sua preocupação com o sofrimento contínuo do povo palestino. “Infelizmente, Israel nasceu no meio de uma guerra, de 2ª Guerra Mundial. Já está há mais de 70 anos em guerra e assim será a história de Israel. Para nós, palestinos, a 2ª Guerra não acabou”, colocou.
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