Região

Safra de tabaco fecha em 633 mil toneladas

Publicado em: 09 de outubro de 2020 às 11:33 Atualizado em: 22 de fevereiro de 2024 às 16:56
  • Por
    Guilherme da Silveira Bica
  • Fonte
    Assessoria de Imprensa
  • Foto: Arquivo/Portal Arauto
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    Comparada com a safra 2018/2019, que finalizou com 664.355 toneladas, houve redução de 4,8% no Virgínia e 9,5% no Burley

    A Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra) finalizou nesta sexta-feira (9), os números referentes à safra de tabaco 2019/2020. A produção, nos três Estados do Sul do Brasil, fechou em 633.021 toneladas, sendo 564.962 toneladas na variedade Virgínia, 58.912 no Burley e 9.147 na variedade Comum. Comparada com a safra 2018/2019, que finalizou com 664.355 toneladas, houve redução de 4,8% no Virgínia e 9,5% no Burley e aumento de 7,3% na variedade Comum.

    Já a produtividade teve queda apenas no Rio Grande do Sul, na variedade Virgínia, que, na safra 2018/2019 era de 2.244 kg/ha, na 2019/2020 caiu para 1.895 kg/ha (-15,6%). Também no estado gaúcho, na variedade Burley, houve aumento de 7,2%, passando de 1.971 kg/ha para 2.113 kg/ha. Os produtores catarinenses tiveram incremento de produtividade nas duas variedades: Virgínia, passando de 2.320 kg/ha para 2.456 kg/ha (5,9%), e no Burley, de 2.116 kg/ha para 2.146 kg/há (1,4%). No Paraná, também houve aumento: no Virgínia, de 2.194 kg/ha para 2.336 kg/ha (6,5%), e no Burley, de 2.167 kg/ha para 2.346 kg/há (8,3%).

    Com referência ao preço médio praticado na safra 2019/2020, o presidente da Afubra, Benício Albano Werner, destaca que foi um ano ruim para os fumicultores. “O reajuste nas tabelas das empresas fumageiras ficou entre 2 a 4%. Porém, na esteira, no momento da comercialização, numa média dos três Estados do Sul do Brasil, o preço praticado ficou em R$ 8,86 por quilo, ou seja, um aumento de apenas 0,34% em relação ao preço médio praticado na safra passada (R$ 8,83). Na variedade Virgínia, que responde por 564.962 toneladas, o preço médio ficou em R$ 8,98, um aumento de 0,64%, pois, na safra passada, o preço médio ficou em R$ 8,92 por quilo. Isso trouxe um prejuízo considerável aos fumicultores”.

    RANKING

    O ranking dos municípios com maior produção de tabaco, nos três estados do Sul do Brasil, também sofreu mudanças na safra 2019/2020. “Por muitos anos, Venâncio Aires/RS foi o maior produtor; aí passou para Canguçu/RS. Nesta safra, o maior produtor é São João do Triunfo/PR, seguido por Canguçu, Itaiópolis/SC, Rio Azul/PR, Canoinhas/SC, Venâncio Aires, São Lourenço do Sul/RS, Ipiranga/PR, Santa Terezinha/SC e Prudentópolis/PR”, revela o presidente da Afubra, ao destacar a excelente produtividade dos fumicultores de São João do Triunfo, que alcançaram 2.347 kg/ha.

    GRANIZO

    Todas as regiões produtoras de tabaco já foram atingidas pelo granizo. Desde o início da safra 2020/2021, até hoje, 09 de outubro, o Sistema Mutualista da Afubra já registrou 6.640 lavouras atingidas, contra 2.911 na safra passada, no mesmo período. Os números significam um aumento de 128%. De todas as 14 microrregiões, as mais afetadas são a de Ituporanga/SC com 1.375 lavouras, a matriz com 1.089 e Rio do Sul/SC, com 1.043 lavouras atingidas. “No início da safra atual, o número maior de lavouras atingidas deve-se à antecipação do plantio, em algumas regiões, pois o produtor quis escapar da previsão da estiagem a partir de dezembro. Porém, somente no Paraná as lavouras estão na finalização do plantio, devido à falta de chuvas”, esclarece Werner. Quanto aos prejuízos, o presidente afirma que ainda não é possível estimar valores. “Nossa equipe de campo está atendendo nossos associados, mas, já temos relatos de perdas totais, principalmente, essa semana, na microrregião de Ituporanga. Dependendo do estágio de desenvolvimento da planta, ainda há a possibilidade de recuperação e de conseguir uma boa safra. Porém, se já foi aplicado o antibrotante, aí, não se permite mais o manejo de formação de broto”.