Há quase 40 anos, clientes e amigos se sentem em casa com a calorosa acolhida dos proprietários
Com pilares familiares e mantendo uma tradição que passa de geração à geração, o Restaurante e Mercado Santa Cruz há mais de 37 anos leva qualidade e bom atendimento aos clientes e amigos que frequentam o ponto, localizado na rua Gaspar Silvera Martins, 1343, em Santa Cruz do Sul.
Administrado pelos irmãos Elton e Claerte Wegmann, naturais de Linha Desidério, interior de Sinimbu, o estabelecimento iniciou apenas com o restaurante e um pequeno bar, “point” de muitos encontros, seja para conversar, disputar uma partida de sinuca ou para assistir um bom futebol. “Eu trabalhava no Centenário e foi lá que descobri que havia um ponto para a venda no Centro. Como meu pai, Walter, sempre quis ter um bar aqui na cidade, acabamos nos interessando e decidimos abrir o empreendimento em 1983. Nos primeiros cinco anos, pagamos aluguel, mas depois adquirimos o prédio e um tempo depois, em 2002, compramos o terreno ao lado, onde hoje temos um amplo espaço para estacionamento”, conta Elton, que com muito orgulho repete todos os dias, o mesmo gesto que lhe faz feliz: abrir as portas do restaurante.
Com um tempero que traz a essência do interior, a comida do estabelecimento captaneado pela família Wegmann logo agradou o paladar dos santa-cruzenses. “Nossa comida é simples e saborosa, acreditamos que esse seja o diferencial”, afirma Elton. Mesmo com o período de pandemia, que trouxe uma redução nos atendimentos em virtude das regras, o restaurante segue com as opções do prato do dia e ala-minuta para os clientes. “Antes, eram cerca de 150 pessoas para o almoço, agora temos 30. Tivemos que nos reinventar, mas está dando certo, estamos felizes porque ao menos o comércio está aberto e nós podemos trabalhar todos os dias”, disse.
Mas não foi só por um tempero especial que a família Wegmann pode crescer ainda mais. A experiência no ramo do açougue, vinda de Claerte, o outro filho de Walter, possibilitou que o bar, anexo ao restaurante, se transformasse em um mercado e que a equipe, formada por pai, mãe e filho, ganhasse mais um sócio. “O Claerte hoje é um mestre no açougue. Ele já tinha trabalhado em outros mercados/açougues e também como vendedor, então tinha uma grande experiência na área. Por isso, em 1996 ele veio fazer parte da sociedade e em 1999, desativamos o bar, reformamos o espaço e transformamos em um mercado e açougue”, relembra.
Os primeiros produtos eram de açougue, frutas e alguns materiais de limpeza. Em um curto período, o estabelecimento ganhou forma e a variedade foi aumentando, tanto que hoje, o carro chefe do mercado é a carne. “Nossa carne pode não ser a mais barata, mas temos uma carne tradicional. Os fornecedores são escolhidos a dedo e recebemos de terça a sábado, até porque na nossa região, o público é muito exigente e quer duas coisas: ser bem atendimento e com mercadorias de primeira linha”, analisa o empresário.
Além de estar em um ponto estratégico da cidade, o Restaurante e Mercado Santa Cruz também tem na sua marca registrada a identidade dos irmãos Wegmann, que cultivam, dentre as tradições da família, o hábito de falar o dialeto alemão. E por falar em identidade, Elton e Claerte levam no DNA a paixão pelo Grêmio, tanto que, foi através do clube, que ambos protagonizaram um momento marcante e um pouco inusitado no estabelecimento. "Quando o Grêmio estava na segunda divisão e precisava subir, teve o jogo contra o Náutico, a Batalha dos Aflitos, dos 7 contra 11. Antes de chegar o jogo, eu sempre dizia que se o Grêmio subisse, poderia vir todos para cá que iríamos comemorar. E assim foi. Ganhamos de 1 a 0, gol do Anderson, e aí veio todo mundo. Montamos uma churrasqueira móvel no estacionamento, pagamos a carne e vendemos a bebida a preço de custo para os gremistas. Foi um ano muito difícil, mas quando voltamos, era hora de comemorar”, rememoram descontraidamete os irmãos.
Ao olhar para traz e visualizar a trajetória de muito trabalho, dedicação e sucesso, o desejo agora é que a gestão dos Wegmann permaneça ativa, como já vem acontecendo com Guilherme, filho de Elton e Estefani, filha de Claerte. “Meu pai trabalhou aqui até os 60 anos. A mãe vem até hoje e ajuda a temperar as carnes. O Guilherme e a Estefani também sempre estão aqui quando podem, estão pegando o gosto pela coisa. Eu sempre digo para ele que não é fácil, às vezes não tem horário, não tem fim de semana, mas é um ramo rentável e gratificante. Porque o maior patrimônio que uma empresa pode ter é o cliente. E quando ele volta, e volta feliz, isso não tem preço. Fidelizar o cliente é muito satisfatório. E é o que nos motiva todos os dias”, finalizam os empresários.