Contato com avós e impossibilidade de ensino remoto neste nível são alguns dos fatores que definiram a situação
O governador Eduardo Leite comentou durante o Diálogos RS nesta quarta-feira (9) sobre o retorno das aulas presenciais no Estado. Segundo ele, a decisão da retomada pela Educação Infantil ocorreu por diversos fatores. Entre os principais, está a necessidade de oferecer um local para os pais deixar os filhos. "Paralisamos as aulas porque entendemos que temos mais de dois milhões de gaúchos envolvidos, mas não podemos achar que a Educação é um item supérfluo. Quando atividades são retomadas em muitas frentes, muitos pais precisam ter onde deixar seus filhos. Se não há disponibilidade, esses pais deixam as crianças com os avós, que são do grupo de risco. Os pais estão indo trabalhar, estabelecendo contato com outras pessoas e voltando para casa", alerta.
Além da preocupação com os avós, outro ponto considerado na decisão foi as limitações do ensino remoto para a Educação Infantil e as dificuldades financeiras enfrentadas pelas escolas particulares que poderiam ocasionar, no futuro, problemas para a rede pública. "Se não houvesse o retorno, muitas escolas quebrariam e a rede pública passaria a ser pressionada pelas vagas que deixaram de existir na rede privada. E a rede pública não tem essa capacidade de atendimento", comenta.
Após a liberação desse nível, a próxima etapa é retirar as restrições do ensino médio no fim do mês. "Se mantivermos indicadores decrescentes, liberamos o ensino fundamental até novembro. Nao será um retorno com crianças aglomeradas, mas sim com turmas divididas e reforço na higienização", explica.
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