Aprovado projeto que batiza de Nilton Garibaldi o Plenário da Câmara

Os vereadores aprovaram nove matérias na sessão desta segunda-feira (9). Um dos projetos aprovados é o que denomina o plenário da Câmara de Plenário Nilton Garibaldi. Ele foi um dos vereadores mais respeitados do Poder Legislativo santa-cruzense e faleceu em junho. Desta forma, o vereador Henrique Hermany (Progressistas) apresentou a proposta, que foi aprovada por unanimidade.

Foi acolhido o veto às emendas sobre o Plano Plurianual do quadriênio 2022-2025, com votos contrários da bancada do PTB – Serginho Moraes, Nicole Weber, Rodrigo Rabuske; de Francisco Carlos Smidt (PSDB) e Alberto Heck (PT) e abstenção de Jéferson Redondo (Republicanos).

Foram aprovadas a autorização da contratação de 14 educadores/cuidadores, três engenheiros civis, um técnico em construção civil; um técnico de enfermagem; um operário. Também foi aprovado o repasse de R$ 300 mil como auxilio emergencial ao setor de eventos, turismo, transportadoras turísticas e guias de turismo.

De autoria do vereador Henrique Hermany (Progressistas) tendo como co-autor Leonel Garibaldi (Novo) foi aprovado o projeto que denomina o plenário da Câmara de Plenário Nilton Garibaldi. A emenda do vereador Francisco Carlos Smidt (PSDB), também acabou aprovada. A mesma requer a inclusão de um minicurrículo do vereador junto ao plenário.

De autoria de Carlão Smidt foi aprovado o projeto que dispõe sobre o fechamento de portões das escolas. A proposta foi aprovada com apenas seis votos favoráveis: Francisco Carlos Smidt e Gerson Trevisan, do PSDB; Serginho Moraes, Nicole Weber e Rodrigo Rabuske, do PTB; e Alberto Heck (PT). Os demais se abstiveram.

Já de autoria do vereador Jéferson Redondo (Republicanos) foi aprovado o projeto que institui o Dia e a Semana da Consciência Negra. Também foi aprovado o projeto de decreto  que dispõe sobre a composição do Conselho Diretor de Agência Reguladora de Serviços Públicos  Delegados (Agerst).

Gariba

Nilton Garibaldi marcou época na política santa-cruzense, com 32 anos ininterruptos à frente do Legislativo, com passagens pela presidência e pela liderança de governo. Ingressou na vida pública pela mão do então prefeito Elemar Gruendling, o Maçarico. A primeira eleição foi em 1972, quando ainda era acadêmico em direito e líder estudantil. Ele foi o segundo vereador mais votdo, com 1.952 votos. Elegeu-se ainda nos pleitos de 1977, com 2.088 votos; de 1982, com 1.051, já pelo Partido Democrático Trabalhista (PDT); em 1988, com 570 votos; em 1992, pelo PTB, com 711 votos e em 1996, com 1.222 votos. Além disso, foi presidente do Legislativo nos anos de 1983, 84, 1995 e 1997.

Em 1983, Garibaldi assumiu a prefeitura nas férias de Armando Wink, como presidente da Câmara, mesmo sendo oposição. Normélio Boetcher, então vice-prefeito se licenciou também e Nilton acabou assumindo a prefeitura por uma semana. Na década de 90, Gariba tornou-se o grande responsável por uma das conquistas mais importantes da Câmara: a autonomia financeira e contábil em relação à Prefeitura. 

Entre a década de 1990 e o início dos anos 2000, Gariba esteve no PTB, para onde migrou em apoio a Sérgio Moraes. Depois, retornou ao PDT. Ao todo, foram sete mandatos, dos quais dois foram prorrogados por emendas constitucionais e duraram seis anos cada. Concorreu pela última vez em 2012 para atender a um pedido do partido. Seu último mandato havia terminado em 2004 e não tinha pretensão de retornar. 

Garibaldi foi autor de leis de cunho social, como isenções no pagamento de impostos e taxas para pessoas de baixa renda. Também são de sua autoria a lei que instituiu o Dia Municipal da Consciência Negra e a lei da passagem escolar.