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Startup incubada no Gauten Parque de Santa Cruz é Premiada por inovação no agronegócio

Publicado em: 09 de julho de 2024 às 17:04 Atualizado em: 09 de julho de 2024 às 17:06
  • Por
    Emily Lara
  • O creme já está sendo utilizado pelos fumicultores desde o ano passado e tem se mostrado eficaz na prevenção da doença | Foto: Arquivo Pessoal/Divulgação
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    Protege Química desenvolveu um creme protetor de nicotina, para prevenir a doença da folha verde do tabaco

    A Protege Química, empresa incubada no Gauten Parque de Inovação e Tecnologia de Santa Cruz do Sul, recebeu recentemente o prêmio Destaque na categoria Agricultura e Agronegócios do Programa Inovativa, o maior programa de aceleração de startups do Brasil. O reconhecimento é fruto do combate à doença da folha verde do tabaco, que ocorre quando a pele absorve a nicotina hidrossolúvel das folhas.

    Foto: Arquivo Pessoal/Divulgação

    A Protege Química é pioneira no desenvolvimento de um creme protetor de nicotina, um Equipamento de Proteção Individual (EPI) destinado aos agricultores que cultivam fumo. O produto foi criado para prevenir a doença da folha verde do tabaco, que é um problema comum entre os plantadores de fumo.

    Franciele Carraro e Júlia Giovanaz desenvolveram o creme durante o último ano de faculdade, em 2019, como parte do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC). O projeto tornou-se uma empresa em 2021. O prêmio Inovativa é o primeiro reconhecimento da empresa como uma startup, porém, o projeto de pesquisa já foi premiado em feiras de ciência, inclusive em Dubai.“Esse é um grande marco no nosso desenvolvimento. […] Esse reconhecimento é muito importante para nós, porque abre portas. Somos uma startup e não temos todos os recursos necessários para aumentar nossa empresa e produção, então esse reconhecimento nos abre portas para conseguir mais investidores e programas de fomento”, destacou Franciele.

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    Segundo a empresária, a localização no Gauten Parque, no Distrito Industrial, facilitou o contato com as fumageiras do município, permitindo o desenvolvimento e venda do produto. O creme já está sendo utilizado pelos fumicultores desde o ano passado e tem se mostrado eficaz na prevenção da doença. O produto, que funciona como uma barreira física impermeabilizando a pele e formando uma película que impede a absorção da molécula de nicotina, atualmente custa cerca de R$ 100 nas agropecuárias e é suficiente para uma safra inteira.

    O próximo passo da Protege Química é tornar o creme multifuncional, oferecendo proteção solar além da proteção contra a nicotina, criando um produto dois em um. Além disso, Franciele destacou que a empresa planeja trabalhar para incluir o creme no Sistema Único de Saúde (SUS), ampliando seu alcance e beneficiando ainda mais trabalhadores do campo.