Covid 19

“As outras doenças não pararam”, destaca coordenadora regional da saúde

Publicado em: 09 de junho de 2020 às 07:18 Atualizado em: 22 de fevereiro de 2024 às 12:13
  • Por
    Kethlin Nadine Meurer
  • Fonte
    Portal Arauto
  • Foto: Agência Brasil/ Divulgação
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    Segundo Mariluce Reis, retorno à bandeira laranja ocorreu em função de internações em Venâncio Aires

    No último sábado, a região de Santa Cruz do Sul voltou a ser classificada com bandeira laranja no modelo de distanciamento controlado proposto pelo Governo do Rio Grande do Sul após duas semanas na bandeira amarela. A definição regra o funcionamento das atividades econômicas.

    Em entrevista ao programa Assunto Nosso, na Arauto FM, a titular da 13ª Coordenadoria Regional de Saúde, Mariluce Reis, explicou que o retorno à bandeira laranja não ocorreu devido ao número de casos da Covid-19, já que não foi registrado um aumento significativo nos últimos dias. O problema foi uma maior ocupação dos leitos do Hospital São Sebastião Mártir de Venâncio Aires que ocorreram não apenas pela Covid-19, mas por outras doenças. "As outras doenças não pararam. As pessoas continuam tendo AVC, infarto, se acidentando e temos que entender que muitas pessoas estão com a saúde mental prejudicada por causa de toda essa pandemia. Essas pessoas também precisam de cuidados, o que muitas vezes resulta em internações em UTI", justifica.

    A região de Santa Cruz, por exemplo, encontra-se com 53,7% dos leitos de UTI ocupados. O Hospital Ana Nery conta com 10 leitos de UTI, Hospital Santa Cruz 20 e Hospital São Sebastião Mártir 14 leitos.

    Movimentação nos hospitais

    A redução no número de pacientes na porta de entrada dos serviços de urgência e emergência segue chamando a atenção da autoridades locais. É o que afirma a coordenadora da 13ª Coordenadoria Regional da Saúde, Mariluce Reis. Segundo a coordenadora, as pessoas não têm buscado atendimento nesses locais por qualquer motivo, como registrado antes da pandemia. Ela acredita que a opção tem sido a atenção básica e as Unidades de Saúde da Família (USFs), mesmo que nesses lugares haja um número reduzido de profissionais em função da Covid-19.

    Ainda de acordo com Mariluce, para manter a região protegida e evitar propagação do coronavírus, o trabalho tem sido intenso e realizado em conjunto com todos os servidores da área da saúde. Um Centro de Operação de Emergências foi formado com todos os setores da 13ª Coordenadoria para a elaboração de um plano de contingência dos municípios da região. "A saúde não pára. A Covid-19 é mais uma doença que precisa ser avaliada e monitorada, além de ser necessário trabalhar com os municípios e criar os planos de contingência", comenta.