Natural de Rio Pardo, Altemir Linhares de Melo criou vínculo com a Capital das Gincanas através da esposa e, agora, retorna ao RS
Nomeado em 24 de março e empossado em 18 de abril como superintendente da Receita Federal no Rio Grande do Sul, o auditor fiscal Altemir Linhares de Melo, de 56 anos, volta a atuar profissionalmente mais perto de suas raízes. Natural de Rio Pardo, ele mantém residência em Vera Cruz, cidade da qual se aproximou após casar com a vera-cruzense Lucia Rejane Mueller de Melo, e onde aprecia passar os fins de semana após uma semana agitada em Porto Alegre. Altemir deixa o cargo de Coordenador-Geral de Fiscalização da Receita Federal, atuando em Brasília, substituindo o auditor-fiscal Luiz Bernardi no comando da 10ª Região Fiscal da Receita Federal, no RS.
Com 31 anos de atuação na instituição, a nomeação para o novo cargo não poderia vir em hora mais oportuna. Isso porque, há algum tempo, Altemir planejava retornar ao Estado. “Fiquei um tempo fora e, agora, voltei, podendo conviver mais com familiares, conhecidos e grandes amigos que tenho pela região. Em Brasília, atuava em uma função bastante pesada e que exigia uma energia muito grande, mas chega uma hora que se precisa desacelerar um pouco. Já esperava uma oportunidade para mudar de atividade e, quando surgiu esse convite, foi muito confortável”, revela.
Mas se engana quem pensa que agora o trabalho será de menor intensidade, uma vez que a 10ª Região Fiscal da Receita Federal é responsável pela administração de todo o território do Rio Grande do Sul, contemplando 1,4 mil servidores da Receita Federal, entre auditores fiscais, analistas e administrativos, além de administrar seis delegacias, três alfândegas, 10 inspetorias e 30 agências. “Esses servidores fazem o atendimento ao contribuinte, a cobrança dos impostos federais, a fiscalização, o combate ao contrabando e ao tráfico de drogas, entre outros. Além do controle de fronteira terrestre e aérea em relação às importações e exportações do Brasil”, esclarece.
Pela frente, o superintendente da Receita no Estado frisa que o grande desafio – e objetivo – é aperfeiçoar o atendimento ao cidadão, prestando informações de mais qualidade e facilitando a vida do contribuinte. “Antes uma transação comercial era muito simples: tinha um vendedor, um comprador e uma nota fiscal. Agora, entramos em um mundo de plataformas digitais, com as criptomoedas, por exemplo, e as relações econômicas não são tão físicas, então, precisamos ter uma estrutura de inteligência artificial e de uso de dados para conseguir acompanhar essa evolução toda e manter a regularidade dos tributos federais envolvidos nessas transações”, enfatiza.
CONTRIBUIÇÕES QUE MOTIVAM
Trabalhar na Receita Federal, para Altermir, é motivo de orgulho, o que justifica por se tratar de uma instituição extremamente organizada e que presta serviço de muita qualidade. Entre as passagens inesquecíveis, recorda-se de ter sido delegado da Receita em Santa Cruz do Sul por sete anos. “Acredito ser um grande feito a construção dessa nova delegacia em Santa Cruz, um prédio que é modelo para a Receita Federal”, sublinha. Também, orgulha-se de ter conduzido a construção do eSocial. “Esta que é uma escrituração feita para as relações de trabalho e os tributos da folha de pagamento que vai dispensar, quando estiver totalmente implementada, 15 outras obrigações que as empresas precisam prestar. Está sendo uma revolução na relação de trabalho e é um projeto que me envolvi de frente enquanto Coordenador-Geral da Receita Federal”, explica. “E recentemente, me sinto muito satisfeito em ter participado do programa Rota Brasil, algo revolucionário e que vai possibilitar a identificação da origem de produtos e o seu acompanhamento na cadeia produtiva, evitando questões como falsificações e pirataria. Só vim ocupar este novo cargo no Rio Grande do Sul após finalizar este projeto”, complementa.
SEGUINDO UM SONHO
Pelos prazos legais, Altemir tem pela frente quatro anos até a aposentadoria. Após, quer se envolver em projetos pessoais, desacelerando o ritmo de trabalho. Ao olhar para trás, sente orgulho da profissão e lembra com carinho do garoto, que já no Ensino Fundamental sonhava em ser economista do Ministério da Fazenda. Objetivo nada fácil de alcançar, frisa ele, ainda mais pelas perspectivas que não eram tão favoráveis a um jovem de família bastante humilde, mas que com dedicação se tornou possível. Tornou-se bacharel em Ciências Contábeis pela PUCRS e em Economia pela Unisc, também especialista em Gestão Tributária pelo Centro Interamericano de Administrações Tributárias e mestrando em Administração pela Universidade Federal da Bahia (UFBA) e, mesmo não executando exatamente o papel de economista do Ministério da Fazenda propriamente, sente feliz em atuar dentro da estrutura da pasta – realizando o sonho de infância.
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