Cultura e Entretenimento

Morre aos 91 anos o filósofo Zygmunt Bauman, pai da ‘modernidade líquida’

Publicado em: 09 de janeiro de 2017 às 14:54 Atualizado em: 19 de fevereiro de 2024 às 11:38
  • Por
    Luiza Adorna
  • Fonte
    Agência Brasil
  • Foto: Reprodução/Internet
    compartilhe essa matéria

    Bauman serviu na Segunda Guerra Mundial e tem uma extensa biografia com reflexões sobre a sociedade

    Morreu aos 91 anos, em Leeds, na Inglaterra, o filósofo e sociólogo contemporâneo polonês Zygmunt Bauman, informou a mídia polonesa nesta segunda-feira (9). A causa da morte não foi divulgada. 

    Nascido em 19 de novembro de 1925, em Poznan, na Polônia, Bauman serviu na Segunda Guerra Mundial e tem uma extensa biografia com reflexões sobre a sociedade e as mudanças do mundo atual.

    Sua principal teoria, com a qual ficou mundialmente conhecido, é a da chamada 'modernidade líquida, que aborda  a "liquidez" das relações sociais na modernidade e pós-modernidade e abriu um vasto campo de estudos para diferentes áreas, como a filosofia, a cultura, o relacionamento humano. A teoria tem foco no individualismo e na efemeridade das relações – e até mesmo na revolução que as mídias digitais trouxeram para a sociedade moderna.

    Vivemos tempos líquidos. Nada é para durar. Estamos cada vez mais aparelhados com iPhones, tablets, notebooks, etc. Tudo para disfarçar o antigo medo da solidão.

    Ativo, mesmo aos 91 anos, Bauman não parava de trabalhar em livros e teorias, sendo um dos maiores filósofos e sociólogos do fim do século 20 e início do século 21. Grande parte das suas obras foram traduzidas para o português e o seu último livro lançado no Brasil foi "A riqueza de poucos beneficia todos nós?".

    Casado com Janine Lewinson-Bauman desde a época do pós-guerra, o filósofo deixa três filhas.