Patronato Agrícola de Três Vendas fechou em 2005 deixando saudade e boas lembranças
Centenas de mensagens são recebidas, quase 24 horas, em um grupo de WhatsApp. O grupo não é de uma família de sangue, nem de colegas de trabalho. Ele é formado por ex-alunos do Patronato Agrícola de Três Vendas, localidade de Cachoeira do Sul. Lá, saudosos, eles relatam um tempo bom e decisivo para suas vidas: Quando moravam e aprendiam a ser cidadãos no internato.
Fechado desde 2005, por uma ordem do Ministério Público, os antigos alunos querem que a escola volte à ativa e que mais crianças tenham a oportunidade que eles tiveram. Para demonstrar o anseio da reabertura e a saudade do local, eles estão organizando um grande encontro: Nos dias 11 e 12 de março eles vão ser unir para um abraço coletivo em torno do prédio da antiga instituição. Com o ato, eles desejam chamar a atenção das autoridades cachoeirenses sobre a importância que o local teve em suas vidas, na formação escolar e também de caráter.
Segundo um dos organizadores, Marcelo Vieira, militar do Exército, o objetivo principal é mostrar que de lá saíram homens de bem. Além de Marcelo, mais 49 alunos fazem parte do grupo na rede social. Todos eles sentem saudade e narram, uns para os outros, as boas coisas que viveram naquele local. “Ninguém pode reclamar de não ter tido oportunidades”. “Eu queria voltar no tempo para reviver tudo novamente”. “Em conjunto com a minha filha, aquela época foi o que de melhor aconteceu em minha vida”. As mensagens são muitas e as histórias também. Muitos deles tiveram no Patronato o primeiro lar de suas vidas e chamaram de pai e mãe, os professores e funcionários que lá trabalhavam.
Nem todos que estão no grupo fazem parte da mesma época. Mas, a maioria tem mais de 40 anos, já possuem suas vidas e suas famílias. Porém, todos compartilham do mesmo sentimento. “Os ensinamentos e valores são os mesmos”, escreveu um dos integrantes. Outro escreve: “Se não tivesse o colégio, o que seria de nós naquela época? E olha as pessoas que somos hoje”.
Educação com regras, mas muito carinho
O que os antigos alunos mais se incomodam é que quase não há mais lugares como o que estudaram. Eles queriam que seus filhos vivessem experiências parecidas, longe da tecnologia em excesso do presente, perto da natureza e com mais controle e disciplina. As regras do Patronato eram rígidas, mas todos relembram o amor e carinho que recebiam dos professores e funcionários. A saudade é do Seu Zeno da Serraria, da Dona Jussara da Lavanderia, da Dona Nely do Dormitório, da Dona Didi do refeitório. “A ‘rapa’ do arroz naquela panela de ferro era a melhor”, diz um dos saudosos. Foram pessoas que marcaram a vida desses alunos e que, até hoje, são lembradas e, por vezes, visitadas.
O abraço coletivo
Quando? Dia 11 e 12 de março
Objetivo? Abraçar o colégio, matar a saudade e reivindicar a abertura do mesmo
Quem pode participar? Ex-alunos e apoiadores da causa
O que vai ter? Além de muitos abraços, reencontros, o encontro vai contar com um bom churrasco e, é claro, uma cervejinha.
É ex-aluno do Patronato? Então peça para ser adicionado no grupo do WhatsApp pelo fone: (51) 9 9922-2233.
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