Trecho de 100 metros foi danificado após deslizamento de terra provocado pela enchente histórica do mês de maio
A Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR) iniciou, nesta segunda-feira (7), a pavimentação do quilômetro 88 da ERS-129, em Muçum. O trecho havia desmoronado devido à enchente de maio. A execução dos trabalhos compreende a fase final da reconstrução da estrada.
Inicialmente, as equipes técnicas preencherão o segmento de aproximadamente 100 metros com camadas de sub-base — etapa preliminar que precede à pavimentação definitiva. Ela é composta de brita e desempenha um papel crucial na construção da rodovia, atuando entre o solo e as camadas superiores do pavimento. Paralelamente, a EGR também executa a construção de um muro de gabião para a estabilização do talude e contenção de novos desmoronamentos, reforçando a segurança aos usuários da rodovia.
De acordo com o diretor-presidente da EGR, Luís Fernando Vanacôr, em breve a conexão da região do Vale do Taquari com os demais municípios do estado por meio da ERS-129 estará plenamente restabelecida. “O avanço constante desta obra de reconstrução simboliza uma retomada importante para a economia local, para a logística viária e também para a circulação das comunidades vizinhas”, salientou o dirigente.
O investimento é de R$ 8,84 milhões — a partir dos recursos oriundos do ingresso da cobrança do pedágio da EGR. A perspectiva é de que os trabalhos estejam concluídos até o mês de outubro.
Desmoronamento
No dia 2 de maio, um desmoronamento causado pelas fortes chuvas destruiu totalmente mais de 100 metros de extensão, 45 metros de profundidade, 60 metros de largura na base da ruptura e 16 metros de pistas de rolamento e acostamento no quilômetro 88 da ERS-129. A recuperação do trecho exigiu a utilização de 109 mil metros cúbicos de rochas provenientes de detonações em locais próximos.
Plano Rio Grande
A ação integra o Plano Rio Grande, programa de reconstrução, adaptação e resiliência climática do Estado que visa planejar, coordenar e executar ações para enfrentar as consequências sociais, econômicas e ambientais da enchente histórica.