Página com mais de 15 mil pessoas recupera diariamente memórias do município
Conhecer o passado, valorizar as memórias e salvaguardar a história de Venâncio Aires são alguns dos valores que movem o grupo do Facebook denominado “Venâncio-airenses”. Criado em 2017 e administrado por Losane Maria Wazlawovsky, a página resgata diariamente, através de publicações, memórias da Capital do Chimarrão. Imagens registradas em suas andanças ou guardadas com carinho pelos moradores.
Atualmente, mais de 15 mil pessoas participam da comunidade virtual, que iniciou após a publicação de uma foto de infância da administradora do grupo em sua rede social particular. Ao observar a curiosidade das pessoas e o interesse em saber mais sobre o local de onde a fotografia foi tirada, Losane comentou com o amigo Paulo Cesar Schmaedecke, que também é o administrador, o qual sugeriu a criação do espaço na rede social para a publicação de imagens antigas.
A venâncio-airense acolheu a ideia com o coração e, desde então, passa horas conhecendo pessoas, tirando fotografias e procurando imagens para trazer um pouco mais sobre a história do município e para fazer com que mais pessoas conheçam suas origens. “Eu conhecia Venâncio Aires, mas só por ler. Não sabia que havia, por exemplo, Linha Julieta, Linha Datas, Linha América e, assim como eu, muitas pessoas também não sabiam. Aí, comecei a visitar algumas vendas antigas e casas para olhar fotos. E as pessoas começaram a gostar, porque elas adoram ter gente para ouvir o que têm para dizer. Elas querem mostrar quem são e os seus descendentes […] e eu percebo que o pessoal do interior se sente valorizado… é muito compensador e gratificante”, diz a administradora do grupo Losane Maria Wazlawovsky.
São pequenos textos com informações principais de imagens, como de imigrantes, casas antigas, igrejas, estabelecimentos, árvores centenárias, eventos marcantes, bailes de kerb, crimes e animais selvagens que eram encontrados no município. Conforme Losane, o grupo tem influenciado diversas pessoas, que passaram a buscar suas origens, fazer árvore genealógica e a ter orgulho de sua história. Além disso, há cidadãos que convidam a administradora a conhecer a memória da família deles. “As pessoas estão começando a entender que aqui não tinham apenas alemães, mas índios, jesuítas, italianos e lusos também. Além disso, visitei descendentes que escrevem cartas para guardar aos sucessores, mantendo a tradição […] a minha vida é isso aqui. São quatro anos de dedicação, curiosidade e muito amor. Se eu não tivesse o grupo, eu não sei o que faria, não teria mais graça [risos] porque a minha motivação vem daqui, de aumentar o meu conhecimento e de outras pessoas. Não adianta tu ter o saber escondido. Tem que trazer para as pessoas saberem que aquilo existe”, destaca Wazlawovsky.
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