As conexões que ligam homicídios em Encruzilhada do Sul

A Polícia Civil avançou na busca por identificar as circunstâncias do homicídio brutal registrado em 19 de janeiro, em Encruzilhada do Sul. Na data, por volta das 6h30, Cristian Massulo, de 30 anos, foi executado com mais de dez disparos de pistola, efetuados por dois homens.

O crime foi registrado em frente a um estabelecimento comercial da Rua Quatro de Dezembro, região central do município. Imagens de câmeras mostraram a dinâmica da execução. Conforme a investigação chefiada pelo delegado Róbinson Palomínio, já se sabe que o caso tem como pano de fundo o tráfico de drogas.

“Esse homem era cunhado do Leonardo Antônio de Oliveira, o Leozinho, que foi executado a tiros noves meses antes, em 19 de abril do ano passado. Os dois eram traficantes e eram responsáveis na facção por matar outras pessoas”, revelou Palomínio.

Ainda de acordo com o delegado, em um celular apreendido com uma parente dos dois mortos durante a apuração do primeiro assassinato, foi possível visualizar evidências da influência de Cristian na morte de Leozinho, que tinha 23 anos e era santa-cruzense.

“Nesse celular vimos várias conversas, inclusive do Cristian dizendo para matar o Leozinho, e que ele mesmo já tinha matado uns dois em Dom Feliciano, e que ia matar outros em Rio Grande, a mando da facção”, detalhou Palomínio. “Aí, de alguma forma agora teve algum problema na facção, que a vez de morrer foi a dele”, complementou o chefe da delegacia de Encruzilhada.

O pai de Leozinho, João Rogério de Oliveira, o João Tamanco, de 55 anos, também foi morto a tiros pouco mais de quatro meses depois do filho, em 31 de agosto de 2024, no Bairro Pedreira, em Santa Cruz do Sul, em outro caso que também teve como pano de fundo o tráfico de drogas.

Sobre o assassinato mais recente em Encruzilhada do Sul, a polícia ainda busca esclarecer quem foram os executores de Cristian Massulo e qual a desavença que ele teve dentro da facção que gerou seu assassinato.