Administradora do Hospital Monte Alverne está desde 1983 envolvida com as atividades da casa
Em 1983, quando a jovem Rosangela Mees Gass tinha apenas 14 anos de idade, ela mal sabia que iniciaria uma história de muita luta e trabalho dentro de uma das casas de saúde mais conceituadas do Rio Grande do Sul, o Hospital Monte Alverne.
“Lembro que o médico Cesar Domingues Ludwig foi até a casa dos meus pais e fez a proposta para que eu, aos 14 anos, virasse sua auxiliar e colaborasse junto ao laboratório dele. Na época eu não entendia nada da atividade de um hospital, muito menos de um laboratório”, conta Rosangela.
Atualmente, Rosangela é a administradora do Hospital Monte Alverne, no interior de Santa Cruz do Sul. Em 1983, iniciou como auxiliar do médico. Em 1989, surgia a primeira oportunidade para trabalhar na secretaria da casa de saúde. “Foi o início das minhas atividades administrativas no hospital. Comecei como auxiliar em 1990”, relembra.
Em 2012, Rosangela passou ao cargo de administradora do Hospital Monte Alverne. “Faz 11 anos que assumi esse cargo. Aqui dentro eu já contribuí de muitas formas, seja na gestão ou auxiliando os médicos diretamente”.
Apesar de ter formação em Pedagogia, Rosangela nunca atuou como professora. “Eu tinha esse sonho de ser professora, mas o hospital acabou nunca mais saindo de mim”. Ela relembra características importantes do seu comportamento que ajudaram muito na gestão da casa de saúde. “Sempre fui muito dedicada e pontual, muito exigente comigo mesma. Esses pontos contribuíram para o sucesso na administração. Meus pais sempre me ensinaram a ser honesta e justa.Trago isso para todos os setores aqui”, destaca.
Atualmente, há apenas dois hospitais no interior de municípios no Rio Grande do Sul. O de Monte Alverne, em Santa Cruz, e outro em Pelotas. Ter a sua administração como referência é motivo de orgulho para a gestora. “O mérito não é só meu. Eu preciso da dedicação de cada um dos colaboradores. A condução plena de uma equipe é fundamental para solucionar todos os problemas. Minha família sempre foi minha base para me apoiar em todos os momentos, devo muito a eles também”, salienta.
Estar presente em vários setores da comunidade também é um aspecto que Rosangela gosta de destacar. O envolvimento com as pessoas da região traz benefícios não só a ela, mas ao hospital. “Sou rotariana, faço parte do Conselho de Desenvolvimento de Monte Alverne e do grupo da igreja. Isso contribui porque muitas vezes eu sou procurada por pessoas que querem ajudar o hospital. Estar inserida na comunidade é uma vantagem nesse sentido. As pessoas me busca perguntando de que forma elas podem ajudar no andamento das coisas”, pontua.
O Hospital Monte Alverne já teve momentos de dificuldades financeiras. Recentemente recebeu serviços de especialidade, como otorrinolaringologia e reumatologia. “Com certeza ajudaram a manter a casa e tiraram o hospital do anonimato. Viramos uma referência no Rio Grande do Sul”, diz Rosangela.
Sobre ter a responsabilidade de administrar o Hospital, Rosangela diz gosta de desafios. Para ela, nada teria sido possível sem uma equipe competente e sempre disposta a ajudar. “É muito bom ter esse reconhecimento das pessoas. Aqui dentro eu sou a Anga do Hospital (apelido carinhoso que carrega há muitos anos). Se estou nessa posição, é porque devo tudo a uma equipe competente. Sei que a hora que eu precisar, independente do horário, posso chamá-los e eles vão me atender. A mim eu sei que vão atender. Essa relação de confiança é o mais importante. Não adianta ser uma administradora que fica atrás de uma mesa com um computador. Ser administradora é estar conectada 24 horas com o hospital”, finaliza Rosangela.