Quadrilha adquiria bens no nome de santa-cruzense e os revendia

Em ação de combate aos crimes de estelionato em Santa Cruz do Sul, a Brigada Militar (BM) prendeu dois homens, de 20 e 22 anos, que são membros de uma quadrilha especializada em aplicar os chamados golpes do cartão de crédito. A ofensiva aconteceu nesta quinta-feira (6).

O Setor de Inteligência do 23º Batalhão de Polícia Militar (23º BPM) apurou a informação de que os suspeitos estariam durante a tarde efetuando os crimes, realizando a compra de bens pela internet utilizando cartões e se passando por santa-cruzenses, retirando os itens nas lojas físicas.

Uma dessas vítima verificou em seu cartão a compra de uma televisão de 50 polegadas que não tinha realizado. Ela então entrou em contato com a loja de Santa Cruz afirmando que não havia feito nenhuma compra. Com as informações, a BM apurou a localização dos suspeitos que estavam retirando os bens. Localizados no Bairro Goiás, eles estavam com duas televisões de 50 polegadas.

À BM, ambos, que são moradores de Santa Cruz, divergiram sobre como teriam adquirido os bens, que estavam com notas fiscais em nome de outras pessoas. Porém, mais tarde, a dupla confessou que um outro membro da quadrilha entrou em contato com eles por um grupo do Telegram, pedindo para os dois fazerem a retirada dos itens na loja, vender as televisões e dividir o dinheiro entre eles, depositando a parte do terceiro integrante do bando em conta de uma casa de apostas chinesa.

Em contato com o gerente da loja santa-cruzense, ele relatou que na terça-feira (4), o mesmo grupo já havia retirado no local outras duas televisões e um refrigerador no nome de outros santa-cruzenses. Presos em flagrante, os dois jovens foram levados até o hospital para realizar exames de lesões e, na sequência, foram encaminhados à delegacia.

No local, a Polícia Civil lavrou o auto de prisão em flagrante sem direito a fiança, sendo eles posteriormente conduzidos ao Presídio Regional de Santa Cruz do Sul. Seus nomes foram mantidos em sigilo pelas autoridades policiais. Uma investigação será traçada agora para identificar qual mecanismo os golpistas utilizaram para se apoderarem das informações das vítimas.