“Se não fossem meus vizinhos, eu teria perdido tudo”, diz moradora

Lucilene Ferreira estava dormindo na tarde desta terça-feira (7) quando escutou alguém gritar. “Tem alguém aí? Está pegando fogo”. O aviso foi dado por Ernesto Rathke, morador de Vila Triângulo, no interior de Vera Cruz. Ele estava sentado quando sentiu cheiro de borracha e observou o fogo no pátio da vizinha. Assustado, ele foi correndo até o local e salvou Lucilene e o filho Otávio Augusto, 9 anos, que olhava televisão na sala. Um curto circuito fez o galpão pegar fogo e as chamas, por pouco, não alcançaram a casa.

Ernesto não foi o único vizinho a se mobilizar. Os vizinhos mais próximos, em uma corrente do bem, começaram a jogar baldes com água nas chamas. A piscina foi o que ajudou. Como ela estava montada no pátio da casa de Lucilene, preencher os baldes ficou mais fácil. Quando o Corpo de Bombeiros de Vera Cruz chegou, não havia mais perigo do fogo chegar até a casa, onde mãe e filho descansavam.

“A primeira coisa que eu pensei foi em tirar os botijões de gás e o fogão de perto das chamas. Tudo ia explodir. Se não fosse meus vizinhos, eu teria perdido tudo”, diz Lucilene, que mora no local há mais de 30 anos. Safrista, ela dorme de dia para trabalhar de noite. Tanto ela quanto o filho estão bem. Além dos danos materiais no galpão, em uma das paredes da casa, em uma bicicleta e na máquina de lavar roupa, o que se perde no incêndio também é a vida de um dos cachorros da família, que estava amarrado no pátio.