Entidade completou 60 anos no último mês
O Arauto Saúde desta edição está no auditório da APAE de Santa Cruz do Sul, para falar com a assistente social Inês Pereira e com a psicóloga Isabela Lemos sobre o trabalho da entidade que completou 60 anos em 25 de novembro.
A Inês faz o primeiro contato com as famílias. Explica como é feito esse trabalho?
Num primeiro momento, a família recebe o diagnóstico através de um atendimento clínico feito dentro do nosso Sistema Único de Saúde, ou de forma privada. A partir desse atendimento, a família recebe um encaminhamento, um laudo desse médico que prestou o atendimento e fez esse primeiro diagnóstico e nos encaminha por meio da 13ª Coordenadoria de Saúde, onde, dentro desse sistema é gerada uma data e horário para o atendimento na APAE, com uma equipe multidisciplinar. Fazem parte desta equipe assistentes sociais, médico neurologista, psicólogas, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais e fonoaudiólogas. Acolhemos a família e fazemos uma entrevista social para conhecer todo o processo familiar da pessoa que veio para ser avaliada e de sua família.
Isabela, como fica o processo de elaboração da família quando uma criança é encaminhada à APAE, existe um luto?
Esse trabalho com as famílias é de suma importância porque, como nosso foco é a atenção à pessoa com deficiência intelectual ou múltipla, a gente sabe que socialmente existem vários preconceitos e estigmas. A família precisa de muito acolhimento, um dos pontos fortes que trabalhamos aqui, todos os profissionais que fazem atendimento com a criança ou a pessoa, têm contato com os pais, além do atendimento psicológico que realizamos para auxiliar no processo de luto, na elaboração da condição dessa criança para aceitá-la, acolhê-la e estimulá-la no que for possível. O processo de aceitação é muito importante e nosso foco é para que as pessoas também se sintam incluídas socialmente, por isso a importância de conversar o máximo possível sobre esse tema.