Segundo cirurgião do aparelho digestivo o problema afeta na longevidade em muitos países, pois diminui a média de vida da população
Atingindo mais de 30% da população brasileira, a gordura no fígado pode causar diversos problemas para a saúde, afetando principalmente as pessoas que estão na terceira idade. Além disso, o problema que até décadas atrás era considerado uma simples doença, evoluiu para um quadro complexo, sendo definido como epidemia pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Para falar sobre o assunto, o convidado do Arauto Saúde desta semana é o cirurgião do aparelho digestivo Fabio Luiz Waechter.
Segundo o especialista, a gordura no fígado também é conhecida como esteatose hepática. Ainda, o médico ressalta que décadas atrás, a doença era tratada como um simples problema de saúde, fato que posteriormente se mostrou um erro, devido aos graves problemas que pode causar. “A gordura no fígado não era tida com tanta importância na década de 80 e 90. No entanto, começou-se a dar mais importância para ela no início dos anos 2000. Hoje em dia, ela é considerada como grande epidemia mundial pela Organização Mundial da Saúde (OMS), considerada uma doença crônica. Se achava que a simples gordura no fígado não geraria muitas complicações na vida das pessoas, o que posteriormente foi desmistificado”, ressalta.
Conforme Waechter, além dos problemas de saúde, a gordura no fígado afeta na longevidade em muitos países, pois diminui a média de vida da população. “A população mundial vem aumentando sua longevidade. Hoje, no Brasil, a longevidade média é de 75 a 80 anos e se espera em 2035 que esse número fique ao redor de 85. Então, se nós considerarmos lugares onde a longevidade está acima de 90 anos isso torna essa questão algo de ainda mais destaque”, salienta o médico.
Ainda, o cirurgião alerta sobre a importância que se deve dar ao tema, mesmo que esteja sendo notada uma maior preocupação das pessoas com a saúde. “À medida que chegamos na terceira idade, não morremos de câncer e infarto, mas sim de coisas que não se davam atenção antes, lá entre os 40 e 50 anos de idade, entre elas gordura no fígado, doença do refluxo, entre outros problemas”, frisa Waechter, que conclui destacando que o fígado é a usina do nosso corpo, e se ela não está funcionando bem, pode causar problemas como AVC, infarto e demência.