A estação mais fria do ano exige uma série de novos cuidados
O pneumologista Rui Dorneles é o nosso convidado no Arauto Saúde desta semana.
Qual é a importância de fazermos uma prevenção, aí já entra a vacinação, para evitar a internação ou doenças graves com respiração durante o inverno?
As doenças respiratórias são mais comuns durante o inverno, nos meses frios e nos meses de transição, outono e primavera, e disparado, o que a gente mais vê nesta época do ano são gripes, resfriados e pneumonias. Para a prevenção deste tipo de infecção temos vacinas, a da Influenza especificamente e a contra pneumococo, que é chamada de pneumo 13 e 23 valente. O pneumococo é a bactéria que mais comumente causa pneumonia. Então, temos atualmente duas vacinas diferentes, mais a vacina de Covid.
A vacina proporciona uma boa cobertura, mas não é 100% de garantia. Outra questão que se soma a isso é a imunidade.
A imunidade é nossa grande barreira contra as infecções. Dividimos basicamente a imunidade em inapta e adaptativa. Poderíamos definir a imunidade inapta como soldados do primeiro front, que vão combater quando um vírus tentar entrar no nosso organismo, e a imunidade adaptativa é aquela que a gente adquire por meio de infecções prévias. Para que o nosso sistema imunológico funcione bem, precisamos manter hábitos de vida saudáveis como alimentação balanceada, prática de atividades físicas e um bom padrão de sono.
No inverno a gente se recolhe, come mais, e quando está em ambiente fechados ainda tem risco de se contaminar e ficar mais propenso às doenças respiratórias.
Ambientes fechados promovem a circulação de vírus, e os vírus são os principais causadores destas infecções. Agora tem um detalhe: por que a gente não tem tanta gripe e resfriado no verão, por exemplo? Porque esta é justamente no inverno que os vírus circulam. Eles circulam mais e se ativam mais nos meses mais frios do ano. Isso é regra em qualquer lugar do mundo.
Quando uma gripe ou resfriado deve ser preocupante?
Existem sinais de alarme para qualquer infecção respiratória. Febre acima de 38°, especialmente se durar mais de 48 horas, falta de ar ou então a oxigenação do sangue abaixo de 96%.