Profissional, que é especialista em poluentes aquáticos, atmosféricos e de solos, esteve nessa quarta-feira no município

Foto: Divulgação
A Corsan contratou o professor Julio Cesar Wasseman, doutor em oceanografia e especialista em poluentes aquáticos, atmosféricos e de solos, para desenvolver estudo sobre a ocorrência atípica de proliferação de algas no Lago Telmo Kirst, em Santa Cruz do Sul. Além de apontar os motivos do fenômeno, ocorrido em novembro de 2024, o estudo deve apresentar soluções para mitigar o risco de novas ocorrências.
Com ampla experiência no tema em todo o Brasil e na Europa, o especialista esteve no município nessa quarta-feira (5). Baseado em dados das análises já realizadas no Lago, Wasseman afirmou que o aumento da concentração de nutrientes, vindos do Rio Pardinho, como o fósforo e o nitrato, foi um dos motivos que contribuíram para a ocorrência. “Os recursos hídricos necessitam de ações dos órgãos de meio ambiente, do comitê das bacias e de replantio da mata ciliar. A responsabilidade precisa ser compartilhada”, apontou.
Segundo os dados emitidos pelos equipamentos instalados no Lago Dourado pela Corsan em outubro do ano passado, houve um pico de concentração de algas no manancial entre 25 e 28 de novembro. A partir disso, a Companhia começou a usar o produto phoslock para absorver os nutrientes presentes no lago. Após dez dias da aplicação, a empresa registrou queda na presença das algas a partir de 4 de dezembro, quando as características da água retornaram à normalidade.
A Corsan segue fazendo uso do phoslock para evitar nova proliferação de algas nessa época de temperaturas elevadas. De acordo com a Companhia, de novembro até o início de fevereiro, R$ 3,9 milhões já foram investidos – com o phoslock, carvão ativado e análises da água no Lago e em diversos pontos da cidade. Além do produto, os ultrassons seguem emitindo ondas que também inibem a produção dos fitoplânctons.
“Esse estudo vai determinar as ações de contenção para novas ocorrências. Precisamos, também, considerar um antes e depois das enchentes, quando houve alteração nas características dos mananciais e do próprio lago’’, afirmou o diretor regional da Corsan, Alexandre Barradas.
Qualidade da água
A água captada pela Corsan em rios, arroios ou barragens passa por rigoroso tratamento antes de ser distribuída para consumo. Somente depois de todos os procedimentos de purificação e controle de qualidade, com mais de 500 testes diários de amostras feitas nos laboratórios da Companhia, é que a água sai das Estações de Tratamento (ETAs) e daí para os reservatórios, onde é armazenada para ser enviada aos clientes.
As amostras passam também pelo Laboratório Central de Águas, localizado em Porto Alegre, e que atende os 317 municípios do Rio Grande do Sul abastecidos pela Corsan. São monitorados cerca de cem parâmetros exigidos pelas portarias de potabilidade do Ministério da Saúde e de agrotóxicos da Secretaria Estadual de Saúde. Ao longo de 2024, a Corsan realizou 8.784.150 análises laboratoriais conduzidos também nas estações de tratamento e nos poços.
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