Ex-repórter do Grupo Arauto, Mariara Carlos acompanha bastidores, comícios e processo eleitoral da disputa que envolve Donald Trump e Kamala Harris
É a terceira vez que a jornalista gaúcha Mariara Carlos, natural de Cachoeira do Sul, formada pela Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) e com atuação no Jornal Arauto há 20 anos, tem a oportunidade de presenciar o processo de escolha dos novos governantes em outros países. Convidada a integrar o time de observadores internacionais, Mariara acompanhou o processo na Argentina e no México, mas agora, nos Estados Unidos, tem a oportunidade de vivenciar uma das mais acirradas disputas, protagonizadas por Kamala Harris e Donald Trump.
A jornalista atua há quase 12 anos no Congresso Nacional, em Brasília, e estar presente no cenário político faz parte de sua rotina profissional. Mas numa experiência como essa, ganha a dimensão de se tratar da maior potência mundial. Os observadores internacionais, explica ela, acompanham justamente os bastidores do processo eleitoral, para poder confirmar, em nível mundial, que o processo democrático foi cumprido. “A gente fica numa imersão com consultores políticos, cientistas políticos, jornalistas, institutos de pesquisa, nesse intercâmbio de informações sobre as campanhas nos diferentes países. Estamos tendo conferências com os consultores políticos da Kamala e do Trump”, ilustrou.
Além disso, quando credenciados como observadores internacionais, os profissionais têm acesso aos atos oficiais, aos comitês, ao local de votação dos candidatos, à revista das urnas, à apuração, enfim, são olhos e ouvidos atentos a tudo o que acontece. E como não poderia deixar de ser, é inevitável a comparação com o Brasil, do dia de eleição ao clima nas ruas.
Aliás, Mariara conta que nas ruas de Nova York e de Washington DC, por exemplo, praticamente não há nenhum material de campanha exposto. Isso acontece mais nos chamados estados-pêndulo, considerados decisivos nas disputas americanas. Inclusive nesta terça-feira (5), dia da eleição, não é feriado. E diferente do Brasil, como existe a possibilidade de votar antecipadamente, cerca de 70% das pessoas já fez isso. “O voto não é obrigatório e já podia votar antes, em alguns estados por correio, noutros, em locais físicos mesmo”, comenta.
A jornalista teve a oportunidade de acompanhar comícios dos dois candidatos. De Donald Trump, no dia 27 de outubro, no Madison Square Garden, em Nova York, e de Kamala Harris, na Filadélfia, a maior cidade da Pensilvânia, considerado o mais decisivo dos estados para esta eleição. É cultural nas campanhas americanas aproveitar as imagens das celebridades que declaram seu apoio aos candidatos e levá-las aos comícios, explica Mariara. Considerando que o voto não é obrigatório, é mais uma tentativa de criar a identificação popular, mas sem caráter de show ou espetáculo. “Aqui não há idolatria, não há fanatismo”, resumiu, destacando a discrição dos norte-americanos. Mariara segue acompanhando, até sábado (9), os desdobramentos da eleição norte-americana, como observadora internacional junto à imprensa.
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