Levantamento considera a redução nos índices de inflação, empregabilidade e acesso ao crédito como pontos positivos
O índice de Intenção de Consumo das Famílias (ICF), medido pela Confederação Nacional do Comércio (CNC) mostra que o consumidor está mais seguro e otimista com relação às compras pessoais. O atual desempenho – 102,9 pontos na avaliação da CNC – é semelhante ao patamar alcançado em abril de 2015, ou seja, repetindo o desempenho da análise, oito anos atrás. Condições econômicas com a retração da inflação e a geração de empregos ajudam a elevar a confiança na economia e favorecem o desejo por compras das famílias.
Segundo o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Santa Cruz do Sul e Região (Sindilojas-VRP), Mauro Spode, seis indicadores medidos pela CNC fecharam o mês de agosto com alta positiva, desenhando um cenário favorável ao consumo. “O aumento na quantidade de empregos formais, em nível nacional, durante o primeiro semestre deste ano manteve em alta a segurança do trabalhador em ter renda. Este é um fator muito importante, pois o consumidor se preocupa em ter renda para pagar suas compras. Com este critério em alta, ajudado pela contenção da inflação, a condição para o consumidor torna-se muito boa”, analisa.
Spode explica que agosto encerrou com alta na confiança do setor. Após três meses de redução neste índice, o varejo entra na reta final do segundo semestre com mais motivos para acreditar em um período favorável às vendas e ao crescimento do faturamento. “Uma coisa acaba puxando a outra. Estamos falando que o consumidor está mais otimista, o que é muito bom, pois a economia assim favorece; do outro lado, o lojista embarca nesta expectativa positiva, projetando bons negócios a partir de agora”, frisa.
O calendário de vendas do varejo ainda conta com duas importantes datas. Em outubro, o Dia das Crianças, que ao longo da última década passou a desfrutar de um lugar importante, não apenas para o setor de brinquedos, é a primeira delas. “E na sequência vem o Natal, considerada ainda a principal data para o comércio. Mantendo esta projeção e confirmando esta expectativa positiva, poderemos de fato fechar o ano em um patamar diferenciado”, complementa o presidente da entidade.
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