Após contatos do presidente do Cisvale, comitiva coreana pode vir ao Brasil em busca de parcerias
O Prefeito de Venâncio Aires e presidente do Consórcio Intermunicipal de Serviços do Vale do Rio Pardo (Cisvale), Giovane Wickert, apresenta nesta quarta-feira (6), em evento em Venâncio Aires, o balanço da Missão Coreia. Outro evento de apresentação será em reunião do Cisvale e da Associação dos Municípios do Vale do Rio Pardo (Amvarp). A reunião foi transferida do dia 8 para o dia 22 de setembro, em Santa Cruz do Sul.
Foram 10 dias de viagem, desde 16 de agosto, em busca de experiências sobre gerenciamento de resíduos sólidos, iluminação pública e geração de energia sustentável. Integraram a comitiva brasileira, além de Wickert, o empresário venâncio-airense Dieter Knak – Empresário de Venâncio Aires, o presidente Câmara Brasil-Coreia, Hong Soon Kang, o superitendente da Câmara Brasil – Coreia, Pablo Palhano, o prefeito de São Sepé, Leocarlos Gazzoni Giardello, e o diretor executivo do Consórcio G8, Maico Berghan.
Comitiva busca experiências sobre tratamento de resíduos
Wickert visita a Universidade de Kaist, referência de tecnologia
Wickert afirma que a missão teve o objetivo de buscar exemplos de tecnologias e de redução de custos para as prefeituras. Além de visitar empresas e usinas, a comitiva foi recebida na Universidade de Kaist, uma das mais renomadas do mundo em tecnologia da inovação. “Tivemos contato com uma missão da Coreia para o Brasil que pretende visitar a nossa região. A universidade, alguns empresários, o pessoal de cooperativa ligada à empresa que é responsável pela cidade inteligente, San João. É uma cidade que foi implantada há cinco anos e já tem mais de 200 mil habitantes e que é projetada para chegar a 800 mil habitantes até 2020”, anuncia.
A proposta de vinda da missão para o Brasil, aponta o presidente do Cisvale, inclui a presença de representante da LMH Coreia, responsável por 14% do mercado mundial de lâmpadas de led, em busca de parcerias no Brasil para começar, junto com empresários locais, a investir nessas parcerias. “Num primeiro momento em um protocolo com a Câmara Brasil – Coreia, num investimento de um milhão de dólares, para começar a trazer essas tecnologias para o Brasil, investindo na importação e montagem aqui para, depois, criar uma linha industrial”, explica.
NOVAS TECNOLOGIAS
Entre os modelos de tecnologias de redução de danos ao meio ambiente através da separação do lixo e energia renovável, Wickert, que representou mais de 300 mil habitantes da região de abrangência do Cisvale, citou o cuidado na separação do lixo, do reciclável, rejeito e orgânico. “Além de ter uma tecnologia eficiente nessa separação para vender o plástico, o vidro, o metal, e fazer renda daquilo que nós não estamos conseguindo separar hoje, há o processamento daquilo que não é reciclável para geração de energia. Essa energia torna as usinas autossuficientes e o excedente vai para a rede. Existem tecnologias de produção de combustível com nanocatalisador. A massa que sobra, 6% de tudo que chega para processamento, ainda acaba se transformando em matéria que é usada para cimento, é usada para pavimentação. E o restante, que é gás, vai para o ambiente de forma tratada , não gerando impacto ambiental”, relata.
Wickert conta que o que impressionou também foi a infraestrutura dos prédios de usinas. São empreendimentos com tecnologia, acessibilidade, bem projetados e de beleza visual. “Dão ideia de qualidade, aqui as usinas dão ideia de depressivo, de galpão velho. Lá um dos prédios mais bonitos do bairro é onde tem uma usina”, compara. Em relação ao impacto com a vizinha, onde há usinas são construídas áreas de lazer, de passeio, infraestrutura esportiva, piscinas para comunidade, oficina de turno oposto. “Então a gente pode importar e adequar a realidade com a legislação, pela nossa necessidade”, projeta o presidente do Cisvale.
Um estudo regional dos resíduos sólidos nos municípios já foi encomendado e deve ficar pronto em 2018. “A ideia é que possamos tratar o nosso lixo de forma regionalizada”, frisa Wickert. O recolhimento continuará sendo feito de forma individual pelos municípios, mas o processamento e a destinação pode ser em conjunto. “O que precisamos fazer é redução de custos, não aumentar mais os tributos que já são excessivos ao contribuinte. Precisamos fazer uma redução dos gastos. Hoje os municípios gastam uma ou duas vezes mais do que arrecadam com o lixo, então o que precisamos é reduzir a despesa e transformar essa redução em tecnologia”, reflete.
ILUMINAÇÃO PÚBLICA
A iluminação pública também foi alvo da busca de experiências na Missão Coreia. “As lâmpadas de led gastam de 60% a 80% menos que a lâmpada normal. Você reduz o gasto que você cobra do contribuinte pela CIP, que é a contribuição de iluminação pública que vem na fatura mensal. Vimos um sistema de gerenciamento que faz com que lá na Secretaria de Obras é possível identificar qual a lâmpada está queimada na rua e ela dura cinco vezes mais. Hoje, mais de 70% dos pedidos das Prefeituras é problema de iluminação pública. É mais do que estradas, do que educação e saúde. E tem todo sistema de internet gratuito, por wifi que vai junto da lâmpada. E é possível implementar isso através de uma parceria público-privada, fazendo com que a CIP pague o custo, sem tirar “um pila” do bolso porque hoje as prefeituras precisam cuidar de outras coisas”, exemplifica.
Mais informações sobre a Missão Coreia podem ser conferidas no site do Cisvale (clique aqui).
Notícias relacionadas
Aplicação de fumacê para controle de insetos inicia nesta segunda-feira em Venâncio
Trabalho será realizado em áreas de 12 bairros do município
Por que eu escrevo?
Enquanto mastigava a dúvida que ele me serviu, entendi que a pergunta dele não era sobre o que eu faço. Era sobre o que eu amo
Por Lucas Dalfrancis
Microempreendedores de Venâncio Aires precisam regularizar pendências
Inadimplência pode levar a exclusão do Simples Nacional
Praticar a escuta interna
Já parou para pensar no valor de compreender as próprias emoções? Inteligência emocional vai além de reagir; é saber reconhecer o que cada sentimento quer ensinar. A raiva pode ser um pedido de mudança, a tristeza um convite ao recolhimento,…