Polícia

Polícia confirma que dez crianças e um vulnerável foram estuprados

Publicado em: 05 de abril de 2017 às 15:19 Atualizado em: 19 de fevereiro de 2024 às 13:30
  • Por
    Letícia Tais Dhiel
  • Foto: Luiza Adorna / Portal Arauto
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    Inquérito do caso do motorista da van foi encaminhdo para a justiça nesta quarta feira

    Em coletiva de imprensa concedida na tarde desta quarta-feira (5) pela Delegada Lisandra de Castro Carvalho, responsável pela Delegacia da Mulher e de Proteção à Criança e ao Adolescente, foi confirmado que houve, de fato, estupro de vulnerável pelo motorista de um veículo de transporte escolar, que já se encontra preso. Ao todo, foram ouvidas dez crianças e um vulnerável por uma psicóloga, que avaliou a tristeza, a ansiedade, o medo e o nervosismo demonstrados pelas vítimas. As crianças têm entre 3 e 8 anos de idade.

    Cometer conjunção carnal ou atos libidinosos contra menores de 14 anos ou pessoas vulneráveis, a ponto de comprometer a capacidade de entendimento e defesa, configura crime, pois crianças menores de 14 anos não têm a capacidade de consentir a prática, portanto sempre irá configurar estupro, segundo a delegada. De uma maneira ou de outra, com condutas mais ou menos invasivas, todas as crianças relataram contato físico, ora entendido como carinho ora como carícia sexual. Mesmo não sendo identificado pela perícia médica, a conduta invasiva foi registrada em todos os relatos das testemunhas.     

    O inquérito foi para o Ministério Público hoje (5). O acusado negou todas as denúncias feitas. Há indicativo de que os atos libidinosos aconteciam desde janeiro com pelo menos uma das vítimas, o que foi constatado após depoimento das mães relatando que algumas crianças relutavam em ir de van para escola. "Eu não quero ir na van", dizia uma das crianças. Outra até se escondia para não precisar embarcar no veículo. Por vezes, o indiciado estava acompanhado de um adulto, mas os relatos se dão no período em que ele estava sozinho. A delegada ainda acrescentou que "prova não é laudo. Prova é a palavra das pessoas". 

    A identidade do criminoso não foi divulgada. Segundo a delegada, o nome é mantido em sigilo para preservar as vítimas.