Markus Brose falou sobre modelos adotados nos Estados Unidos
A proximidade das eleições municipais, que ocorrem no próximo domingo (6), coloca em destaque o debate sobre diferentes formas de gestão dos territórios. Em entrevista ao programa Direto ao Ponto, da Arauto News, o professor da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), Markus Brose, falou sobre modelos de administração adotados nos Estados Unidos.
Conforme Brose, no Brasil, não é exigida uma qualificação profissional específica por parte dos políticos. Em contrapartida, nos Estados Unidos, o cargo de prefeito pode requerer uma formação técnica mínima ou um curso universitário de três a quatro anos. “No nosso país, qualquer cidadão pode se candidatar a um cargo político. É uma democracia bastante radical que nós temos. Já nos Estados Unidos, é preciso um currículo específico em administração pública para se candidatar”, explica.
O professor acrescenta que, em boa parte dos municípios americanos, os cargos de prefeitos não são preenchidos por eleição. Nessas localidades, o chefe do Executivo é contratado pela Câmara Municipal com base em seu currículo profissional.
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Os Estados Unidos adotam mais de um modelo de governo local. Um dos formatos mais tradicionais é similar ao do Brasil, onde a população escolhe seu administrador por meio do voto. No entanto, na maioria das prefeituras americanas, a Câmara Municipal, conhecida como Conselho, nomeia o administrador. “Com isso, economiza-se o salário do prefeito, eliminando a necessidade de uma secretaria e de assessores”, avalia Brose.
Em algumas cidades americanas, políticos que ocupam cargos semelhantes aos de vereadores no Brasil não são remunerados. Já em municípios maiores, existe a possibilidade de recebimento de salário. “Em alguns casos, os legisladores recebem um auxílio de custo pelo tempo dedicado ao cargo. Em Nova York, por exemplo, há um vereador que trabalha cerca de 40 horas por semana, portanto, ele precisa abrir mão de outro emprego para se dedicar à função pública”, acrescenta o professor.
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