Covid 19

Na expectativa da liberação das pistas de dança na região, estabelecimentos já fazem planos

Publicado em: 04 de outubro de 2021 às 11:22 Atualizado em: 02 de março de 2024 às 13:39
  • Por
    Luiza Adorna
  • Fonte
    Portal Arauto
  • Foto: Getty Images/iStockphoto
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    Governo RS fez a flexibilização no dia 1º de outubro. Vale do Rio Pardo aguarda parecer da Amvarp

    Desde o dia 1º de outubro, o Rio Grande do Sul passou a permitir o uso de pista de danças em eventos sociais e de entretenimento. O protocolo para teto de máximo de até 350 pessoas, entretanto, depende da apreciação e aprovação de 2/3 dos prefeitos da Associação dos Municípios do Vale do Rio Pardo (Amvarp) e da publicação em decretos municipais. Enquanto isso não ocorre e na expectativa de um novo momento após pandemia, bares, salões de festa e organizadores de evento já refletem sobre o assunto e fazem planos. 

    Conforme Ricardo Felipe Lenhardt, proprietário da Presença Produções, a flexibilização foi vista com muito agrado por toda a comunidade organizadora de eventos. Como o foco de eventos com música é a dança, o empresário destaca que a procura, consequentemente, aumentará bastante com esse novo protocolo. "Ficamos muito felizes com essa liberação de pista e esperamos muito em breve colocar em prática", destaca.

    Atualmente, os eventos itinerantes organizados por Lenhardt ocorrem com venda antecipada de ingressos por mesa. "Estamos conseguindo trabalhar, graças a Deus, pois nos adaptamos e nos reorganizamos. Mas são protocolos difíceis. Os ingressos são todos por mesa e vendidos antecipadamente. É uma quantia de oito pessoas por mesa, identificadas por nomes, CPFs, contato de pessoa por pessoa. O evento em geral tem limitação de 400 pessoas, com aferição de temperatura, álcool em gel, distanciamento e apresentação de comprovante de vacina", diz. 

    Embora as flexibilizações, o empresário acredita que as o cenário já poderia ser mais positivo. "Queríamos que fosse melhor tendo em vista o grande percentual de vacinação. Acreditamos que poderia estar bem mais flexibilizado, sem necessidade de limitação de 400 pessoas. Poderiam abrir para 700, 800 pessoas, e cobrar vacinação e fazer eventos mais semelhantes aos moldes antigos. Mas pelo menos estamos trabalhando, então ficamos na torcida por mais flexibilizações para que possamos voltar ao nosso normal", comenta. Com positividade, Lenhardt ressalta que a agenda 2022 já está organizada. "Será um ano de muito trabalho para recuperar o tempo perdido", acredita. 

    Retomada

    Na Haus Som & Bar, reformulada durante a pandemia em um conceito focado na música ao vivo, a expectativa também é pela liberação de pista de dança. Segundo o sócio-proprietário, Carlos Eduardo Pereira, a ideia é oportunizar um espaço para isso. "Nossos clientes com certeza vão curtir bastante. A Haus tem um apelo musical muito forte, então é realmente complicado você não ter vontade de dançar. A expectativa nossa é a melhor possível, mas esperamos que seja uma transição segura e sem impactos futuros", salienta. 

    Por isso, a empresa aguarda as normas municipais para então saber quais mudanças irá implantar no sistema do empreendimento. "Atualmente trabalhamos conforme preveem os decretos, ou seja, distanciamento entre as mesas e todos clientes sentados, entre outros. A Haus Som & Bar foi pensada justamente para nos dar a oportunidade de proporcionar entretenimento nesse momento pandêmico e de uma maneira segura", explica. 

    Nesse sentido, os planos para 2022 é intensificar ainda mais esse conceito musical do espaço. "Com toda certeza, pelo estilo da Haus, muitas pessoas vão vir até a casa e particularmente vamos adorar receber a todos. Se procuram um lugar feliz e estão afim de diversão aqui é o lugar certo. Para o próximo ano esperamos continuarmos transmitindo alegria e também sendo a 'Haus' (casa) na vida de muitos clientes. O conceito é justamente fazer você sentir em casa ao som de uma boa música e de uma gastronomia de qualidade", expõe. 

    Ansiedade pelo momento

    De acordo com a sócio-proprietária do Labarca Show Club, Josiane Cristiane Schmitz, os clientes esperam por essa liberação das pistas de dança há muito tempo. "Eu respondo de 200 a 300 perguntas a cada evento questionando se pode dançar. As pessoas estão muito ansiosas, pois já são dois anos de pandemia. Sabemos o tamanho da saudade", ressalta. Segundo Josiane, a expectativa é que a procura pelo espaço – que atualmente funciona em anexo ao Las Vegas – aumente consideravelmente. 

    Josiane também pede a compreensão da comunidade sobre as regras. Afinal, mesmo com liberação do Governo RS, sempre é necessário aguardar a liberação por parte da Amvarp e do município. A reunião da entidade está prevista para essa terça-feira.