Empresário de 72 anos diz que seriedade, honestidade, valorização de cada obra fazem a sua receita de prosperidade
“A gente constrói sonhos. Tem muita gente que compra um único imóvel e ele precisa receber um imóvel de qualidade”. Essas são palavras que dizem muito sobre seu porta-voz. O empresário José Zagonel, 72 anos, natural de Marques de Souza, como tantos, saiu da simplicidade da vida do campo e despontou no ramo dos negócios, sem esquecer suas origens e o valor da palavra vontade.
Até os 14 anos, José trabalhou na roça e então saiu para estudar. No primário, lembra que andava cinco quilômetros a pé ou a cavalo, chegava em casa e sua panelinha de comida estava pronta, perto da chaminé, para ficar aquecida. Depois da refeição o trabalho agricultura o esperava até o fim da tarde e o tema, numa época sem energia elétrica, era feito a luz de velas.
“Me formei professor, fazia estágio numa escola e à noite cursava Contabilidade, enquanto morava numa pensão em Lajeado. Ao terminar o estágio, bati de porta em porta pedindo emprego. Fim de semana voltava para casa para trabalhar na roça”, recorda ele, dos tempos difíceis. Foi em novembro de 1971 que conseguiu seu primeiro emprego ganhando um salário mínimo, como secretário na Paróquia Santo Inácio. “Quando recebi meu primeiro salário, não havia ninguém mais feliz do que eu. Foi libertador”, destaca.
Depois atuou em setor financeiro e RH em uma empresa, até que decidiu sair. Já tinha um terreno, resolveu construir sua casa e com visão empreendedora a partir da própria experiência, em 1977, tomou gosto. Contratou a obra de um amigo e assim surgiram muitas mais. Sua empresa iniciou como J. Zagonel, inicialmente ofertando apenas mão de obra. Em 1988 começou a participar de licitações de obras públicas e então se constituiu a Construtora Zagonel, e a partir de então só cresceu, em estrutura, colaboradores e sonhos edificados.
Em Santa Cruz, por exemplo, soma muitas obras, como na Avenida Independência, foram 136 apartamentos, o Vivaz mais 262, o Aurora outros 186, e tantos mais concluídos e em andamento.
Para trabalhar com Zagonel, o que precisa? Ele é rápido: vontade. “Se não souber a profissão, nós ensinamos. Tendo vontade de trabalhar, o resto a gente ensina”, assegura. São 260 trabalhadores diretos e outros 100 indiretos na sua construtora.
Para quem começou construindo a própria casa, sem ter uma betoneira sequer, Zagonel atesta: “sou um cara abençoado, as coisas foram acontecendo naturalmente. Mas com seriedade, honestidade, dando importância para cada obra”. Essa é a sua receita de sucesso.
