Política

Cairoli viaja a Brasília para tratar da adesão do RS ao Regime de Recuperação Fiscal

Publicado em: 04 de abril de 2018 às 09:53 Atualizado em: 20 de fevereiro de 2024 às 08:42
  • Por
    Luiza Adorna
  • Fonte
    Assessoria de Imprensa
  • Foto: Arquivo/Governo RS
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    Formalização do acordo ainda depende da comprovação de gastos que ultrapassem 70% da receita com pessoal e parcela da dívida

    O vice-governador José Paulo Cairoli lidera comitiva gaúcha que viaja a Brasília, nesta quarta-feira (4), para dar continuidade às tratativas com o Governo Federal para adesão do Rio Grande do Sul ao Regime de Recuperação Fiscal.

    A Lei Complementar que autoriza o Estado a aderir ao RRF foi sancionada pelo governador José Ivo Sartori em 26 de março, tendo sido a redação final do texto aprovada pela Assembleia Legislativa em 13 de março.

    A formalização do acordo com a União ainda depende de definições com o Governo Federal, entre elas a comprovação de gastos que ultrapassem 70% da receita com pessoal e parcela da dívida. Segundo Cairoli, há uma disposição muito clara por parte do presidente da República, Michel Temer, para solucionar o impasse com o Rio Grande do Sul. "Temos certeza de que vamos encontrar uma alternativa junto à Secretaria do Tesouro Nacional (STN) para superar os obstáculos. Estamos nos esforçando para que o processo avance", avaliou.

    O vice-governador lembra que a responsabilidade pela situação financeira do Rio Grande do Sul não é exclusiva do Executivo, mas de todos os Poderes. Ele cita que a Lei de Responsabilidade Fiscal, sancionada no ano de 2000 pelo então presidente da República Fernando Henrique Cardoso, não era cumprida. "Agora chegamos ao ponto em que é preciso fazer ajustes. O importante é que se vê que o país tem que ser passado a limpo, temos que assumir aquilo que efetivamente está nas leis. Por isso, estamos conscientes de que trabalhamos desde o primeiro dia do nosso governo de forma transparente, mostrando a real situação do Estado do Rio Grande do Sul", disse Cairoli.

    A adesão ao RRF possibilita a suspensão do pagamento da dívida com a União por três anos, prorrogáveis por mais três, aliviando o caixa do Estado em R$ 11,3 bilhões até 2020. O regime também abre espaço para que o Rio Grande do Sul possa receber novos financiamentos.