Colégio no centro de Santa Cruz é parte de uma trajetória de mais de dois séculos de dedicação ao ensino
É quase consenso. As memórias mais marcantes de uma vida podem ser relembradas dentro da escola. Segundo lar dos estudantes, os prédios, as salas e o pátio de uma instituição de ensino sediam momentos marcantes, conquistas inesquecíveis e encontros que jamais serão esquecidos. No Colégio Marista São Luís, em Santa Cruz do Sul, não é diferente. A escola completou 118 anos nesta quarta-feira (3), mais de um século de histórias formadas dentro do prédio histórico, bem no coração da cidade.
Trajetórias marcadas por ensino de qualidade e muita fé. Afinal, um colégio formado a partir de um projeto criado por um santo só poderia ser mais do que abençoado e especial. A Rede Marista de Educação e Solidariedade e o Instituto dos Irmãos Maristas foram planejados por São Marcelino Champagnat há 202 anos. Mais de dois séculos de vivências. Hoje, são mais de 76 mil Irmãos, Leigos, Leigas e colaboradores, e mais de 654 mil crianças, adolescentes e jovens beneficiados, espalhados em mais de 80 países.
São Marcelino Champagnat – canonizado santo em abril de 1999 pelo papa João Paulo II – foi o responsável por dar início à missão de colaborar na construção de um mundo mais humano, justo e fraterno, por meio de uma educação evangelizadora. Afinal, ele tinha o sonho de tornar Jesus Cristo e seu projeto, conhecidos e amados. Com a fundação do Marista São Luís em 1903, a missão pensada por Champagnat chegou ao Rio Grande do Sul. Afinal, a instituição em Santa Cruz do Sul é a mais antiga em atividade no solo gaúcho.
No espaço central de mais de nove mil metros quadrados, palco de momentos marcantes na vida dos santa-cruzenses, milhares de pessoas já passaram. Atualmente, cerca de 850 estudantes, da Educação Infantil ao Ensino Médio, aprendem que o conhecimento vai muito além da sala de aula. Ao lado de 130 educadores, os alunos deixam suas marcas na história do Colégio São Luís, comprovando o legado iniciado por Champagnat.
Um 2020 de desafios
No dia 17 de março de 2020, o Colégio fechava as portas do prédio tão importante para a comunidade escolar. Devido à pandemia, todo o processo de ensino foi adaptado pelas plataformas Marista Virtua3.0 e o Microsoft Teams, ferramenta de comunicação e colaboração que oferece bate-papo, videoconferências, armazenamento e colaboração em arquivos. O slogan para o período refletiu o espírito acolhedor da instituição: “mesmo distantes, seguimos em família”.
Mesmo com todas as dificuldades, o colégio manteve todos os educadores, suspendeu a cobrança das atividades complementares, turno integral e ofereceu descontos nas mensalidades. Conforme o vice-diretor Anderson Roberto dos Santos, 2020 foi um momento onde o cuidado com a vida tomou a centralidade na sociedade. “Somos gratos por tudo que aprendemos, pela mobilização pelo cuidado e a solidariedade. Esperamos que no próximo ano sigamos avançando a partir de todos os aprendizados já desenvolvidos e que possamos ter cada vez mais estudantes presencialmente, com a devida segurança, no colégio”, destaca.
Assim como em 2020, as atividades em 2021 irão ocorrer por meio da bimodalidade, com as turmas divididas. “Já enviamos pesquisa para as famílias sobre o retorno que será o ponto de partida das demais organizações. Vamos manter a possibilidade do estudante participar das aulas ao vivo em casa de maneira síncrona e manter os planejamentos na plataforma para que, também de maneira assíncrona, eles possam revisitar e se organizar para as semanas”, destaca. Além disso, a instituição pretende oferecer algumas disciplinas optativas e atividades extraclasse de maneira virtual, de acordo com os interesses dos estudantes.
Confira abaixo imagens repassadas pela Assessoria de Imprensa do educandário, bem como registros históricos do livro da instituição