Ação voluntária para crianças reúne cerca de 1,5 mil atingidos por enchentes

O final de semana foi de carinho, amor e sorrisos. Cerca de 1,5 mil crianças e pais, todos de famílias atingidas pelas enchentes na região, puderam passar algumas horas de relaxamento e diversão nas cidades de Encantado e Lajeado. Voluntários também foram até áreas mais remotas da região de Roca Sales, a fim de dar atenção também a quem não teve condições de se deslocar.

A ação “Espalhando Amor” foi organizada pela Criamigos, pelo Hub Franchising do Sul e pelo Ateliê Prateado, e teve como ponto alto a distribuição de bichinhos de pelúcia para crianças de 2 a 12 anos e o momento de escuta, para ouvir o que as crianças tinham a contar.

Durante as atividades, gratuitas, ocorreram oficinas de apoio emocional coordenadas pelos Médicos Sem Fronteiras, para os adultos. Já com as crianças foram confeccionados cartazes para que pudessem manifestar seus sentimentos em relação aos fatos das últimas semanas e seus sonhos de futuro. Ainda foi realizada a Cerimônia da Vida, para que os pequenos criassem uma ligação afetiva com os bichinhos de pelúcia. 

“Só podemos agradecer a todo o apoio de patrocinadores, apoiadores e voluntários nesta ação tão importante para as pessoas que foram atingidas pela enchente. Foram momentos emocionantes e cheios de empatia e significado”, destaca Antonio Carlos Diel, do Hub Franchising do Sul.

Fundadora da Criamigos, Natiele Krassmann Silveira conta que a ideia foi proporcionar momentos especiais para as crianças que sofreram com as perdas. “As crianças que passaram por isso estão com roupas, calçados, brinquedos, que já eram de outras crianças. E pensamos em dar para elas um brinquedo próprio, novo, com perfume, roupinha, embalagem. Isso é pertencimento”, detalha. “Trabalhamos na Criamigos com memória afetiva, e essa foi a maior sensação que criamos neste evento. Nosso principal objetivo, de oferecer carinho e atenção, foi alcançado,” conclui. 

O Ateliê Prateado também foi parte fundamental na ação. Enio Bergamaschi, diretor do Ateliê Prateado, diz que a ação foi uma oportunidade de escutar, documentar e amplificar a voz das crianças sobre a tragédia, e também ouvir o que desejam para seu mundo agora.

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