Obras da nova estação de tratamento estão causando problemas para a comunidade santa-cruzense
As obras da nova estação de tratamento (ETA) da Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan) estão causando transtornos para os moradores do Bairro Bom Jesus, em Santa Cruz do Sul. Na última semana, foi realizada uma audiência pública na Câmara de Vereadores para ouvir as demandas da comunidade.
O encontro reuniu representantes da Agência Reguladora dos Serviços Públicos de Santa Cruz (Agerst), da Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan), da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Saneamento e Sustentabilidade, da Secretaria Municipal de segurança e Mobilidade Urbana, da Defesa Civil e do Promotor Público Érico Barin.
Durante a audiência, a comunidade apresentou o impacto que as obras estão causando no bairro. Entre os principais problemas estão a movimentação de caminhões que causam vibrações, águas pluviais que estão impactando muros e bocas de lobo, lama invadindo propriedades e problemas na trafegabilidade.
Segundo o presidente da Agerst, Astor Grüner, a agência realizou uma reunião com a Corsan para discutir meios de tentar resolver e minimizar os problemas gerados pelas obras. Ele afirmou que a companhia se comprometeu de imediatamente iniciar ações para resolver algumas situações.
“Esperamos sim, ações rápidas e urgentes nessas questões, para que não haja mais efeitos daquilo que já aconteceu. Vamos agora resolver o que está posto, trabalhar para que se minimize esses impactos. […] O importante agora é que sejam tomadas medidas emergenciais para que não se aumente ou tenham danos maiores nas construções, vias e bocas de lobo”, pontuou.
A nova estação de tratamento vai auxiliar na melhora do abastecimento de água no município. Além de aumentar a vazão, a ETA será mais moderna, oferecendo um sistema mais compacto que conseguirá efetuar um tratamento de água com maior qualidade. “Vai praticamente duplicar o volume de água possível de produção para toda a comunidade”, explicou Grüner.
O investimento na área, de R$ 39 milhões, é considerado importante para garantir o abastecimento do município. A capacidade do local, após a conclusão dos trabalhos, será de 800 litros de água por segundo – praticamente o dobro da atual, que fica no Bairro Pedreira.
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