O homem conta como é ser médico numa revolução tecnológica tão grande
Hardi Fichborn, médico que atua há 49 anos no Hospital do Vale do Sol, é o convidado desta edição do Arauto Saúde.
O que é ser médico numa revolução tecnológica tão grande, durante tanto tempo, pois são 49 anos de medicina?
Eu decidi pela profissão no segundo científico. Meus colegas queriam ir para o quartel, fazer engenharia e essas profissões não faziam meu estilo. Na época, meu pai aplicava injeções em quem precisava e eu admirava aquele trabalho, ele nunca cobrou nada para fazer. Foi ele quem me inspirou.
Você é natural de onde?
De Ferraz.
E estudou medicina onde?
Em Santa Maria. Isso foi em 1974 e comecei a atuar em Vale do Sol. Fiz cursinho pré-vestibular em Porto Alegre e conheci meu colega, Dr. Martin Menchen, lá, ele já estava cursando medicina, estava adiantado e fizemos amizade. Ele me convidou para trabalhar. Disse que se eu gostasse de atuar no interior, poderia trabalhar com ele. Foi o que aconteceu. Junto com o Dr. Jacobus , fizemos um trio.
Como é ser médico hoje, você trabalha com muita alegria. Como é que você conseguiu acompanhar a evolução da medicina?
Isso é uma coisa natural. Quando chegamos lá havia poucos equipamentos, não tivemos nem o Eletrocardiograma, tínhamos um Raio-X velho que dava somente para ver ossos. As tecnologias vieram, mas tivemos que nos adaptar, usar mais os olhos, a nossa percepção, as nossas mãos.
Você conhece a maioria das pessoas pelo nome, atende famílias, gerações e faz parte da comunidade. Como é viver e atuar na mesma comunidade?
É muito prazeroso. Eu me engajei, fui presidente de escola, do clube, sempre estive envolvido com a comunidade de Vale do Sol.