Há um tema sempre muito evitado, mas que inclusive se faz presente na Sagrada Escritura: o suicídio. Temos o relato de Sara, que não suportando mais os seus sofrimentos diários, pensou em “tirar” a própria vida. Sara tinha sido casada sete vezes e os sete maridos morreram na noite de núpcias e, além disso, sofreu injustamente acusações de ser a “assassina” dos seus esposos. O texto do Livro de Tobias nos apresenta que:
Há um tema sempre muito evitado, mas que inclusive se faz presente na Sagrada Escritura: o suicídio. Temos o relato de Sara, que não suportando mais os seus sofrimentos diários, pensou em “tirar” a própria vida. Sara tinha sido casada sete vezes e os sete maridos morreram na noite de núpcias e, além disso, sofreu injustamente acusações de ser a “assassina” dos seus esposos. O texto do Livro de Tobias nos apresenta que:
“Naquele dia, Sara ficou com a alma cheia de tristeza e pôs-se a chorar. E subiu ao aposento de seu pai, no andar superior, com a intenção de se enforcar. Mas, pensando melhor, disse consigo mesma: “Não quero que venham injuriar a meu pai e dizer-lhe: “Tinhas uma filha muito querida e ela enforcou-se por causa de suas desgraças”. Assim eu faria baixar à sepultura a velhice amargurada de meu pai” (Tb 3,10a).
O que levou Sara a desistir da ideia de atentar contra a sua vida foi o ato de “pensar melhor”. No caso de Sara, o amor que sentia pelo seu pai e por não querer causar-lhe mais tristeza a fez desistir da morte. Depois deste momento, Deus a visitou com um bom marido, com quem foi feliz até a velhice. Todo mal ficou para trás!
O que nos leva a repensar em muitas atitudes que tomamos em nossa vida é redescobrir o “sentido” para a nossa existência. Não desista de viver! Pense um pouco mais! Peça ajuda! O melhor ainda está por vir, não desista de viver quando o sofrimento for grande. Ele não é definitivo.
Quando temos alguém na família nesse estado, na maioria dos casos, não adianta simplesmente repreender a pessoa. Mas amá-la, dar suporte, estar perto, ter paciência, até que a própria pessoa tome consciência sobre como a sua vida é importante. Unido a isso, também buscar o auxílio de quem possa ajudar neste momento de dor, desespero e solidão.
Independente da circunstância, devemos sempre pensar: eu tenho a dignidade da vida. Isto é uma reflexão para todos nós. Cada um tem a sua beleza e a sua importância na história humana e, mesmo em meio às tribulações, devemos reavivar em nós a esperança e resgatar o sentido de nossas vidas. A primeira e fundamental ajuda parte da gente mesmo.
A ajuda espiritual, baseada na oração, auxilia a reorganizar a nossa vida interior e nos leva a redescobrir a dignidade de filhos amados de Deus. Somado a isso, devemos pedir ajuda especializada e o suporte de um profissional da área da saúde que nos ajude a entender as causas físicas e psíquicas desses pensamentos. Além disso, o auxílio dos familiares e amigos nos faz afastar a solidão e o sentimento ou pensamentos de que não somos amados e que muitas vezes não podemos mais suportar os sofrimentos.
Guarde isso no coração: o sofrimento vai passar. A vida é muito bonita, não a despreze por nada. Depois da tempestade Deus manda a bonança e nos faz ver que vale a pena lutar para viver.