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Arauto Saúde: como tratar as feridas que têm dificuldade de cicatrização?

Publicado em: 02 de outubro de 2020 às 20:32 Atualizado em: 22 de fevereiro de 2024 às 16:51
Foto: divulgação
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Médica ressalta as novidades em tratamentos disponíveis na região

As feridas na pele que não cicatrizam são um problema que, geralmente, persistem por um longo tempo e não respondem aos tratamentos convencionais, o que pode desencadear complicações graves aos pacientes. Dessa forma, a convidada do Arauto Saúde desta semana, a médica oncologista Alexandra Petri Loureiro, fala sobre as novidades que a medicina apresenta na região para o tratamento desse tipo de ferida. 

Segundo a profissional, existe um tratamento inovador no Vale do Rio Pardo – bastante conhecido nos Estados Unidos e na Europa – que diz respeito à medicina hiperbárica, que trata, principalmente, de feridas crônicas. “Essas feridas, geralmente, ocorrem nos membros inferiores e em pacientes idosos. São decorrentes, muitas vezes, de problemas vasculares, neurológicos ou relacionados a diabetes”, explica. Nesse sentido, Alexandra frisa que o pé diabético é uma doença muito prevalente na população – devido aos hábitos alimentares – e que pode ser tratada com câmara hiperbárica. “Com o passar dos anos a diabetes causa alterações na parte vascular e neurológica dos pacientes, provocando alteração também na sensibilidade. Atrelado a isso, com a forma da pisada ou o uso do calçado inadequado, as pequenas lesões começam a apresentar dificuldades de cicatrização”, completa. 

A médica esclarece que além de tomar antibióticos, fazer o controle da glicemia ou da alimentação, bem como utilizar calçado adequado, o paciente pode passar por tratamento com a câmara hiperbárica. “Ele possibilita que o oxigênio chegue com alta concentração na extremidade com problemas na vascularização. Na medida que o oxigênio chega com uma pressão maior, ele proporciona cicatrização mais eficaz e rápida. Isso ocorre pois o colágeno é produzido no fibroblasto, uma célula totalmente dependente do oxigênio. Na medida que o fibroblasto for exposto a uma tensão de oxigênio, o tecido tem maior chance de fechar”, afirma.

Conforme Alexandra, também estão aptos ao tratamento em câmara hiperbárica pacientes em pós-operatório de cirurgias ortopédicas ou de cirurgias plásticas. Bem como, pacientes que apresentam complicações decorrentes de tratamento com radioterapia – já que a radiação ionizante causa alteração na vascularização dos tecidos, muitas vezes, sadios. Além disso, são candidatos ao tratamento pacientes que têm úlcera venosa ou doença arterial periférica.