Médica ressalta as novidades em tratamentos disponíveis na região
As feridas na pele que não cicatrizam são um problema que, geralmente, persistem por um longo tempo e não respondem aos tratamentos convencionais, o que pode desencadear complicações graves aos pacientes. Dessa forma, a convidada do Arauto Saúde desta semana, a médica oncologista Alexandra Petri Loureiro, fala sobre as novidades que a medicina apresenta na região para o tratamento desse tipo de ferida.
Segundo a profissional, existe um tratamento inovador no Vale do Rio Pardo – bastante conhecido nos Estados Unidos e na Europa – que diz respeito à medicina hiperbárica, que trata, principalmente, de feridas crônicas. “Essas feridas, geralmente, ocorrem nos membros inferiores e em pacientes idosos. São decorrentes, muitas vezes, de problemas vasculares, neurológicos ou relacionados a diabetes”, explica. Nesse sentido, Alexandra frisa que o pé diabético é uma doença muito prevalente na população – devido aos hábitos alimentares – e que pode ser tratada com câmara hiperbárica. “Com o passar dos anos a diabetes causa alterações na parte vascular e neurológica dos pacientes, provocando alteração também na sensibilidade. Atrelado a isso, com a forma da pisada ou o uso do calçado inadequado, as pequenas lesões começam a apresentar dificuldades de cicatrização”, completa.
A médica esclarece que além de tomar antibióticos, fazer o controle da glicemia ou da alimentação, bem como utilizar calçado adequado, o paciente pode passar por tratamento com a câmara hiperbárica. “Ele possibilita que o oxigênio chegue com alta concentração na extremidade com problemas na vascularização. Na medida que o oxigênio chega com uma pressão maior, ele proporciona cicatrização mais eficaz e rápida. Isso ocorre pois o colágeno é produzido no fibroblasto, uma célula totalmente dependente do oxigênio. Na medida que o fibroblasto for exposto a uma tensão de oxigênio, o tecido tem maior chance de fechar”, afirma.
Conforme Alexandra, também estão aptos ao tratamento em câmara hiperbárica pacientes em pós-operatório de cirurgias ortopédicas ou de cirurgias plásticas. Bem como, pacientes que apresentam complicações decorrentes de tratamento com radioterapia – já que a radiação ionizante causa alteração na vascularização dos tecidos, muitas vezes, sadios. Além disso, são candidatos ao tratamento pacientes que têm úlcera venosa ou doença arterial periférica.