Cabeleireiro iniciou na barbearia da família e hoje reproduz os aprendizados que teve desde muito jovem
Jairo Luiz Kist sempre teve no pai, Nestélio, um dos maiores incetivadores. Tanto é que, há mais de três décadas, o santa-cruzense executa, com maestria, a profissão de cabeleireiro deixada como herança por ele. Apesar de ter buscado a técnica fora de casa, Jairo Hair – como é conhecido pelos clientes – aprendeu com o pai sobre como criar e fortalecer vínculos através do que escolheu seguir como carreira.
Tudo começou em julho de 1985, quando Jairo decidiu fazer um curso de cabeleireiro em Santa Maria. No mesmo ano, passou a auxiliar Nestélio na barbearia da família, localizada na Marechal Floriano. Após perder tudo em um incêndio, acabaram se mudando para uma sala no terceiro andar da Galeria Farah. "Era engraçado porque logo quando comecei, meu pai cortava de quatro a cinco cabelos em uma hora e eu apenas um. Com o passar do tempo e a prática, teve um dia que ele chegou no salão e perguntou quem era o primeiro, mas estavam todos me esperando. Foi aí que ele me disse que eu estava pronto. E a partir disso, fui abrir meu próprio negócio", relembra.
O primeiro espaço próprio foi em um local na Rua 28 de Setembro. Depois, se mudou para um ambiente na Rua João Pessoa e acabou retornando para o Centro. Contudo, a consolidação da barbearia ocorreu em 2000, quando teve a oportunidade de adquirir um espaço localizado na Rua Emilio Rabenschlag nº 175, onde atua até hoje no período tarde/noite com cortes masculinos e femininos. Por lá, o cliente ainda dispõem de um ambiente retrô, com discos de vinil, dvd's e fotos antigas, para que possa escolher o que deseja ouvir enquanto é atendido. Ainda, anexo ao salão, Jairo tem a companhia da esposa Meriele Jacobs, que trabalha como podóloga.
E pelas mãos do cabeleireiro de 60 anos, já passaram clientes de vários lugares e gerações, além de pessoas com grande visibilidade: médicos, juízes, empresários e até famosos. Para o artista – já que antes de cortar cabelos atuava como desenhista – o sucesso é atribuídos as relações que construiu nesses anos. "Me sinto realizado. Só tenho gratidão por Santa Cruz e por levar a herança profissional do meu pai, que nunca me deixou desistir. Tenho orgulho dele por tudo que ele representava para as pessoas. Ele era muito querido e amado por todos", completa.