Com mudanças, Hospital Bruno Born alcança seu limite de espaço físico e condições logísticas e de equipe para o tratamento à doença
A partir dos próximos dias, o Hospital Bruno Born (HBB), de Lajeado, passará a contar com um número maior de leitos para atendimento de casos suspeitos ou confirmados de Covid 19. Desde o dia 12 de março, quando a instituição definiu-se por antecipar ações e preparar-se para o atendimento adequado da pandemia, a forma de atuação e a capacidade de receber novos pacientes tem sido analisada diariamente, e medidas têm sido tomadas.
Durante este período, o HBB trabalhou com três planos de ação que aumentavam o limite de pacientes de coronavírus. Nos últimos dias, porém, a ocupação de 13 leitos na UTI Covid, lotação máxima do espaço acendeu novo alerta. “Nós não somos os gestores da saúde: somos prestadores de serviços. Estamos indo até o limite do que podemos fazer. Não é apenas questão de termos respiradores: é necessário mão de obra especializada e todos os demais equipamentos, como monitores, bombas de infusão. A direção e funcionários estão esforçando-se ao máximo para manter o hospital funcionando durante esta crise. Estamos quase parados para atender exclusivamente casos de Covid”, observa o presidente do Hospital Bruno Born, João Batista Gravina.
Com muitos tipos de serviços suspensos ou sendo realizadas com menor frequência, o hospital parou de receber recursos destas atividades. No momento, utiliza caixa próprio para manter ativa a unidade Covid, e também depende de doações para manter-se aberto. O HBB é um hospital filantrópico – ou seja, não tem um dono.
Segundo o Diretor Executivo da instituição, Cristiano Dickel, a reformulação da UTI Covid evitará que pacientes com coronavírus sejam levados para a UTI convencional, o que causava preocupação. “Observamos nos últimos dias um aumento na procura por atendimento. E já começava a faltar espaço para atender a demanda. Com a retirada da UTI do local onde está hoje, teremos uma área maior. Isso fará com que as pessoas fiquem melhor acomodadas e sejam atendidas de forma mais adequada. A partir dos próximos dias, também, casos de menor gravidade irão para a Univates ou para hospitais da região”, informa ele.
Tratamento
Uma das questões que mais se repetem em relação ao tratamento de pacientes de Covid 19 refere-se aos medicamentos utilizados. O médico Fernando Bertoglio explica: “Em relação à utilização de medicamentos como Ivermectina, Hidroxicloroquina e Azitromicina, é importante destacar que não existe nada cientificamente comprovado que realmente tenha resultado favorável. As experiências geraram opiniões a favor e contra. Estudos sérios, com inúmeros pacientes – inclusive o HBB faz parte de um deles – estão sendo realizados. E por isso, e pelo fato de muitos hospitais reconhecidos estarem utilizando, nós também estamos. Mas só o futuro nos dirá se trouxe ou não benefícios.”, disse.
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