SEGURANÇA PÚBLICA

Comandante da BM defende reformas no código penal sobre liberação rápida de furtadores

Publicado em: 02 de março de 2025 às 12:00
  • Por
    Emily Lara
  • Rodrigo Schoenfeld comanda a Brigada Militar no Vale do Rio Pardo
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    Criminosos que praticam furtos na cidade são detidos, mas rapidamente libertados, retornando às ruas para refazer os crimes

    Santa Cruz do Sul enfrenta uma situação que desafia as forças de segurança, onde criminosos que praticam furtos na cidade são detidos, mas rapidamente libertados, retornando às ruas para refazer os crimes. Em entrevista à Arauto News 89,9 FM, o comandante do Comando Regional de Polícia Ostensiva do Vale do Rio Pardo (CRPO/VRP), coronel Rodrigo Schoenfeldt, afirmou que esta condição impacta diretamente nos índices de criminalidade.

    É difícil a gente entender. Para nós policiais também, por vezes, causa uma certa frustração, principalmente aquele policial que está na rua, que correu atrás desse indivíduo. São quase sempre os mesmos. Os índices disparam quando eles estão na rua e decrescem quando eles estão poucos dias fechados“, disse.

    A falta de uma legislação mais rigorosa para crimes como furto é um dos principais problemas apontados pelo comandante. “Eu acho que seria muito importante que houvesse uma revisão a nível nacional do Código Penal Militar, para que nós pudéssemos ter, por mais tempo, os indivíduos que não se comportam dentro da nossa sociedade, segregados dela“, defendeu.

    Para tentar minimizar o problema, a Brigada Militar tem mantido um trabalho de monitoramento e patrulhamento constante no Centro da cidade, em parceria com os lojistas. Redes de comunicação entre os comerciantes auxiliam na identificação de suspeitos. “A nossa relação com o nosso comércio é muito forte. O pessoal, nas redes que temos em comum, vai se avisando. A gente está sempre de olho, tem que estar sempre correndo atrás. É um consumo grande de energia, tanto dos lojistas quanto da Brigada“, revelou.

    Ainda, o coronel ressaltou que as casas prisionais do Vale do Rio Pardo têm capacidade para receber esses indivíduos, ou seja, o problema não é decorrente de uma superlotação nos presídios.

    Ouça a entrevista completa: