Na reta final da campanha eleitoral, que culmina com a eleição deste domingo (6), o juiz eleitoral da 162ª Zona Eleitoral de Santa Cruz do Sul, André Pinto, refletiu sobre o pleito e os desafios que pautaram este ano. Para ele, a expectativa, especialmente para o domingo (6) é que, ao fim, prevaleça a civilidade, a disputa sadia, com contenção e serenidade, o respeito às regras do jogo e à lei. “Eleição se ganha e eleição se perde, mas nunca se deve(ria) perder o respeito pelo outro, a ética e a razão”, comenta.

Isso porque no dia seguinte, na segunda-feira (7), destaca o Juiz Eleitoral, a vida segue e em 2025 as prefeitas e os prefeitos eleitos e empossados terão o desafio de governar para todos e proporcionar melhorias que impactem a vida das pessoas, atendendo suas demandas.

Para André Pinto, os desafios das eleições municipais deste ano foram em relação ao mau uso da inteligência artificial, à produção de conteúdos sintéticos, manipulados na internet, especialmente para desqualificar e ofender adversários, produzindo desinformações.

“Creio que 2024 tenha sido o laboratório para as eleições gerais de 2026, especialmente para avaliar o alcance da inovação legislativa, para estabelecermos mecanismos ágeis e qualificados para fazer cessar rapidamente essa forma de intervenção deletéria no processo eleitoral, com reflexos para a própria democracia”, considera.

Chegando ao fim da campanha e com o acesso às propostas de todos os candidatos, o Juiz Eleitoral incentiva que a população exerça seu direito e vote. “Em uma democracia representativa como é a brasileira, a importância do voto é enorme. É uma oportunidade para julgar os governos e mandatos legislativos, de, com muita seriedade, avaliar os predicados dos candidatos que se apresentam e fazer uma escolha refletida e responsável para os quatro anos seguintes”, sublinha.

“Não há sistema melhor que a democracia”

Para André Pinto, a política impacta diretamente a vida das pessoas. “Ela tem problemas que todos conhecemos. Todavia, para enfrentar os problemas da política, precisamos de mais atividade e maior participação política por parte dos cidadãos. Não há sistema melhor que a democracia e é nela, dentro da institucionalidade, sem ceder a tentações autoritárias, que seguiremos construindo uma sociedade menos desigual, mais solidária, em que a miséria e todas as formas de escravização sejam apenas um distante passado guardado no baú das memórias”, finaliza.

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