Profissional começou de forma amadora e, hoje, serve de inspiração para quem atua no cenário musical
Quando se fala em funk, um nome vem na cabeça – DJ Jeff. O artista é referência na região e comemora quase três décadas de caminhada no cenário musical. A carreira de Jeferson da Cruz Rodrigues, de 42 anos, começou de forma amadora em 1996 e, pouco a pouco, foi se consolidando e qualificando.
Jeff, como é conhecido por todos, é natural de Santa Cruz. Ele cresceu no Cohab, na região do Bairro Independência. Depois que se casou, se mudou para o Arroio Grande e, hoje, se divide entre as funções de pai, marido, produtor e músico. A profissão dele começou ainda na adolescência, quando, ao lado do vizinho e do irmão, decidiu criar um grupo de rap.
Inspirados por Racionais MC e Snoop Dogg, que faziam um sucesso extraordinário na época, iniciaram a gravação de músicas em fita cassete. Os equipamentos, com qualidade baixa, deixavam as faixas com ruídos, mas permitiram que Jeff desse o primeiro passo. “Era totalmente caseiro e a gente fazia letras bem aleatórias. Naquela época, o rap, para nós, era uma inspiração boa”, falou.
Mais tarde, no início dos anos 2000, Claudinho & Buchecha, MC Koringa e MC Sapão, além de outras figuras históricas, levaram o funk melody para o topo das paradas e também serviram de exemplo para os rapazes. Com o passar do tempo, cantores e bandas de rap e funk foram guiando Jeff. O santa-cruzense conta que, para garantir os lançamentos com certa agilidade, os CDs eram buscados em Porto Alegre.
O convite para atuar como DJ surgiu depois que um grupo de amigos decidiu organizar uma festa. “Eu tinha muitos CDs e me ofereci. Um camarada meu que tinha som colocou o equipamento e mostrou como funcionava. Depois disso, nunca mais larguei”, revela. Desde que animou o primeiro evento, já são quase 20 anos e centenas de apresentações.
Jeferson lembra com carinho da caminhada e das transformações que ocorreram ao longo do tempo. Show de luzes, qualificação dos equipamentos, incorporação de dançarinos na equipe e melhoria na interação com o público estão entre os pontos citados. “Eu vi que não era só tocar, tinha que ter contato e ser diferente”, destaca.
O dono do baile funk mais pedido do Sul do Brasil finalizou recentemente a criação de quase 40 músicas. Os sons foram feitos com produtores de diferentes regiões do Brasil e MCs – cantores de funk – de outros estados. Os materiais estão sendo liberados, aos poucos, no Spotify, no YouTube e em outras plataformas de streaming.
Apesar de ser mais conhecido pelo reportório com funks, o DJ se coloca como open format, aquele que não está atrelado a um gênero musical apenas. Na modalidade, o profissional se dedica inteiramente à conexão com o público e à criação de atmosferas. Quem tiver interesse de conhecer mais sobre o trabalho pode acessar as redes sociais ou fazer contato pelo telefone (51) 9 9670-0082.