Pneumologista explica que com a chegada do inverno, vírus respiratórios são mais comuns, por isso, a vacinação é fundamental
A importância da vacinação não se reflete apenas na imunização contra a Covid-19. Em meio a uma mobilização nacional para controlar a pandemia, é preciso se atentar também para as demais obrigações que temos com a saúde pessoal e também pública. Um exemplo disso é o início da vacinação contra a gripe, que é fundamental para que a população brasileira possa criar barreiras contra mais essa síndrome respiratória. O pneumologista Carlos Eurico Pereira é o convidado desta semana do Arauto Saúde e detalha a necessidade de se vacinar contra a gripe e o novo coronavírus diante da proximidade do inverno.
Segundo o pneumologista, a vacinação ainda é um tabu na sociedade brasileira, que tem em seu imaginário uma perspectiva de que a vacina é algo ruim e que pode comprometer a saúde. Assim, Carlos Eurico enfatiza que as vacinas são as substâncias farmacêuticas mais seguras na busca pela prevenção de doenças. “É muito mais barato e importante prevenir uma doença do que tratar ela quando já está instalada. Uma das medidas mais confiáveis que temos para a prevenção de doenças infecciosas são as vacinas. Elas são extremamente seguras, pois quando elas estão disponíveis para as pessoas, já foram testadas e estudadas, tendo um risco muito baixo comparado ao benefício que elas podem trazer para a sociedade”, reforça o médico.
Dessa forma, Carlos Eurico orienta para que as pessoas busquem se imunizar contra a gripe e o coronavírus. “Importante para aqueles que estão na expectativa e proximidade de chegar a sua faixa etária de vacinação, que não façam a vacina da gripe, pois você precisa de um intervalo de 30 dias para fazer a vacina do coronavírus após fazer a da gripe. Então, como o risco maior agora é do coronavírus, que faça primeiro a vacina contra o coronavírus e depois faça a da gripe”, ressalta.
Ainda, para aqueles que já fizeram a primeira dose da vacina do Butantan, é aconselhado que se espere até a realização da segunda dose, para só após fazer a da gripe. Já quem fez a vacina de Oxford, que a segunda dose é realizada somente em três meses, pode fazer durante esse intervalo de tempo, orienta o pneumologista, que vê na vacinação saída para que a sociedade como um todo possa ter uma vida de certo modo normal, como antigamente.