Setembro Amarelo quer desmistificar o tema e buscar amenizar o sofrimento
Setembro é o mês de prevenção do suicídio. Conforme a Organização Mundial da Saúde (OMS) a cada 40 segundos uma pessoa comete o suicídio no mundo. No Brasil, a taxa é de 5,4%. Já No Rio Grande do Sul, esse número dobra: a cada 100 mil habitantes a taxa é de 10,14% de mortes causadas por suicídio em dados de 2015.
Números chocantes, não é? Mas estes números são ainda maiores. "Muitos casos registrados, como por exemplo, acidente de trânsito ou morte por intoxicação de medicamentos, são casos de suicídio, mas o registro não é feito deste modo", complementa a psicóloga e coordenadora do Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) de Vera Cruz, Iara Ortiz Paz, que neste mês organiza uma programação voltada à prevenção, o Setembro Amarelo. "É preciso sensibilizar sobre o tema. Na nossa região é alto o índice. Nós já perdemos vários pacientes que cometeram o suicídio, assim também como temos casos daqueles que procuraram ajuda por causa da sensibilização. Quanto mais falarmos, melhor", ressalta.
Sinais
É importante ficar atento aos sinais que indicam um possível suicídio. "A pessoa pode se despedir sutilmente, também pode falar várias vezes que vai se matar, ou que a vida não tem sentido, não faz mais planos para o futuro", aponta, Iara. Nestes casos é sempre importante conversar com a pessoa e fazer com que ela queira buscar ajuda. Se o indivíduo não quer apoio, é necessário que alguém procure ajuda para saber lidar com a situação e tentar evitar o pior.
Adolescentes
O coordenador da Rede de Atenção Psicossocial de Vera Cruz (RAPS), Adroaldo Luiz Lopes, diz que a incidência também é grande entre os adolescentes. "Hoje são muitos os jogos na internet que incentivam o suicídio. Os pais devem estar atentos e sempre manter diálogo com os filhos, cuidar com quem o jovem está conversando e não deixá-lo abandonado no quarto, por exemplo, sem saber o que ele está fazendo", fala. Por isso, tem se feito também uma qualificação com os profissionais da saúde para que eles consigam tratar esse sofrimento, tenham mais afinidade com o assunto e saibam chegar melhor nas famílias.
Quem comete o suicídio não necessariamente tem depressão
Iara explica que suicídio não está sempre ligado à depressão. "Muitas vezes a pessoa se mata ou porque está individada, ou porque perdeu alguém da família, ou perdeu o emprego, ou até pelo uso de substâncias lícitas ou ilícitas", complementa. No Rio Grande do Sul e no Vale do Rio Pardo, por exemplo, um dos supostos motivos apontados é o alcoolismo. "Não se tem um motivo certo para que a pessoa faça isso. Se fala como causa o agrotóxico do tabaco; também na origem alemã, pelo alemão ser uma pessoa mais impulsiva; ou até aqueles que plantam o tabaco e acabam se individando", ressalta.
Programação
No próximo dia 10, o Caps realiza um momento de sensibilização na Praça José Bonifácio. A partir das 13h haverá danças, música e profissionais do Centro de Valorização da Vida (CVV), Caps e Caps Infantil vão conversar sobre o tema. Já no dia 27, ocorre o fechamento no Clube Vera Cruz. No dia haverá a presença das escolas para levar o tema até os adolescentes.
O Centro de Valorização da Vida (CVV) realiza apoio emocional e prevenção do suicídio, atendendo voluntária e gratuitamente todas as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo por telefone, email e chat, 24 horas todos os dias. É só ligar para o número 188.
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