Demissões ocorreram no início de abril, após troca da gestora da instituição hospitalar
Demissões pegaram de surpresa 165 trabalhadores do Hospital Regional do Vale do Rio Pardo no início do mês de abril. Eles foram desligados em decorrência da troca da gestora da instituição, que passou para a responsabilidade do Grupo de Apoio à Medicina Preventiva (Gamp), sem receberem as verbas rescisórias devidas pela Fundação Hospitalar Getúlio Vargas (FHGV), antiga administradora.
Havia a expectativa de que o montante fosse depositado hoje, depois de um acerto informal com a Fundação. Como o prometido não ocorreu, os ex-funcionários estiveram reunidos na tarde desta quarta-feira (10), no salão de festas da Irmandade Nosso Senhor dos Passos, nos fundos do estabelecimento de saúde, para debater quais serão os próximos passos para garantir o pagamento dos direitos dos trabalhadores.
A reunião foi acompanhada pelo Sindisaúde e pelo Sindicato dos Enfermeiros do Rio Grande do Sul (SERGS). Conforme ex-funcionários, que preferiram não se identificar, tudo indica que o Sindisaúde deve entrar com uma ação coletiva contra a Prefeitura e a Fundação. A diretora jurídica do SERGS, Cláudia Franco, explica que a homologação das rescisões foi dada no último dia 26, de forma que os trabalhadores pudessem sacar os valores do fundo de garantia e encaminhar o seguro-desemprego. Contudo, as verbas rescisórias ficaram pendentes.
A Fundação Hospitalar Getúlio Vargas alega que tem valores a receber da Prefeitura de Rio Pardo para, então, resolver a situação do pagamento. A Prefeitura, por sua vez, argumenta que não tem como procedor porque aguarda um montante do Governo do Estado. Para Cláudia Franco, a situação é um desrespeito com os trabalhadores. "Fica um jogo entre a Prefeitura e a Fundação. Acho um desrespeito porque a Fundação tem patrimônio e depois poderia acionar judicialmente a Prefeitura", sugere.
Uma enfermeira relatou ao Portal Arauto, após a reunião desta tarde, que trabalhou no Hospital Regional do Vale do Rio Pardo por oito meses e no dia 5 de abril "simplesmente a Prefeitura, por questões políticas, resolveu não renovar o contrato com a Fundação Getúlio Vargas e todos foram desligados, sendo que sempre trabalhamos com dignidade até o último dia, atendendo a todos com qualidade e responsabilidade, e agora estamos nesta situação. A Prefeitura diz que não tem responsabilidade conosco, alegando que nós somos funcionários da Fundação, sendo que a Prefeitura deve R$ 7 milhões para a Fundação. A mesma alega que se a Prefeitura não pagar, não tem como nos pagar. É uma irresponsabilidade e nós ficamos sem saber dos nossos direitos".
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