Um cão farejador também foi utilizado nas buscas realizadas pela Polícia Civil na tarde desta quarta-feira
O desaparecimento do jovem Kelvin Johnson Camargo, de 12 anos, segue mobilizando a Polícia Civil de Venâncio Aires. Na tarde desta quarta-feira (10), os agentes realizaram novas buscas no Bairro União, nas proximidades da escola em que o menino foi visto pela última vez na quinta-feira (4).
Os policiais tiveram apoio do adestrador venâncio-airense Francisco Konzen, que é tutor do cão Gin. Os dois seguiram pela várzea do Castelhano em busca de pistas que pudessem indicar os caminhos percorridos pelo adolescente. No entanto, nada foi localizado. "A mata está muito fechada e é difícil de me locomover. O Gin encontrou alguns cheiros, mas não posso precisar nada, porque há muito lixo também", explica Konzen. O cão, segundo o adestrador, parou em dois pontos, o que indica que, talvez, Kelvin possa ter passado pelos locais.
Entenda: Polícia Civil de Venâncio Aires segue realizando buscas por adolescente desaparecido
Responsável pelo caso, o delegado Vinicius Lourenço de Assunção relata que a Polícia Civil recebeu a notícia do desaparecimento na sexta-feira (5) e a partir dali deu início a investigação como um "desaparecimento voluntário" – quando a pessoa por vontade própria não retorna para sua residência ou para um local específico. "A informação que nós tínhamos era de que alguns dias antes ele já tinha tentado fugir da Casa de Acolhimento, e neste segundo momento, então, nos passou a impressão de uma segunda fuga, o que não seria nada incrível", detalha.
A partir deste momento, o delegado passou a ouvir parentes e pessoas próximas ao adolescente. "A nossa ideia inicial era de que ele pudesse ter buscado abrigo em algum conhecido ou familiar próximo. Para nossa surpresa, nenhum desses próximos havia visto ele, e isso realmente chamou a nossa atenção e fez com que a gente se debruçasse ainda mais nessa questão."
Assunção ressalta que a polícia buscou vestígios nos locais em que Kelvin frequentava, em câmeras de monitoramento, com pessoas próximas e até mesmo na escola em que ele estava matriculado. "Passamos agora a uma fase de documentação para formalizar todos esses depoimentos, tratando-se de um caso já de mais dias. Teremos que ter um caderno de registros, até para termos a inserção de novos elementos na investigação, mirando para algum tipo de autoria", explica.
Com relação ao apoio de Francisco e Gin, o delegado salienta que é uma ajuda importante e que poderá contribuir para novos desdobramentos. "Estamos tentando fazer o rastreio com esse apoio, mas a investigação está com várias linhas abertas e aos poucos estamos tentando montar esse quebra-cabeça. Neste momento, é muito importante a colaboração da população, pois estamos atravessando bastante dificuldades quanto ao paradeiro dessa criança. Ele não tem dinheiro, saiu com as roupas do corpo, não há nada que possa ampará-lo."
As informações podem ser repassadas anonimamente, através do telefone da Polícia Civil, 181, ou da Brigada Militar, 190. Ou, ainda, presencialmente na Delegacia da Polícia Civil de Venâncio Aires, que conta com um plantão 24 horas.
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